Refutações à Existência de Deus o Caramba! – Parte VIII

FÉ

Argumento Teísta: "A crença em Deus não é intelectual. A razão é limitada. A verdade de Deus só pode ser conhecida através de um salto de fé, que transcende mas não contradiz a razão."

O que o ateu diz: Isso não é argumento. Admitir que algo é não-intelectual remove esse assunto do domínio da discussão. Sim, a razão é limitada: é limitada aos fatos. Se você ignorar os fatos, só fica com hipóteses e o desejo de que fossem reais.

Fé é a aceitação da verdade de uma declaração apesar de evidência insuficiente ou contraditória, o que nunca foi consistente com a razão. A fé, pela sua própria invocação, é uma admissão transparente de que as alegações religiosas não se conseguem manter de pé por si mesmas.

Mesmo que o teísmo fosse uma hipótese consistente (não é), ainda precisaria de ser provado. É por isso que a maioria dos teístas minimiza a prova e a razão e enfatiza a fé, por vezes afirmando de forma ridícula que a ciência requer fé, ou que o ateísmo é uma religião.

Proibido Pensar: Não é necessário repetir que quando o ateu diz que algo espiritual deve ser provado cientificamente ele próprio comete uma argumentação absurda como ficou claro no último tópico. Quanto a questão da fé não ser intelectual, também considero o argumento teísta acima um absurdo. Por quê? Porque fé é CONFIANÇA. A definição de "fé" do ateu contraria até mesmo o dicionário, que não corrobora com essa definição que Dan Barker apresenta presunçosamente. Se usarmos o termo em sentido religioso, "fé" é CONFIANÇA em Deus... e você só deve confiar em alguém que se mostra EVIDENCIALMENTE confiável. Mas opa! O Deus da Bíblia faz isso (pra quem se der ao trabalho de ler as HISTÓRIAS bíblicas das pessoas que em Deus confiaram no passado!), logo Deus é confiável empiricamente da mesma forma que um cirurgião de renome é confiável para operar um paciente. Quem se atreveria a se deixar operar por um incauto que nem mesmo cursou medicina? Mas não há garantias que o cirurgião estudado terá sucesso, apenas probabilidade muito maior que o incauto alicerçada na competência de quem estudou e se preparou para exercer a profissão. Eu não preciso compreender a medicina totalmente para confiar num médico, embora quem a estude tenha uma visão mais clara a respeito da mesma. Assim como nesse exemplo, a fé em Deus é confiança no CARÁTER do mesmo e que Ele sabe o que está fazendo, mesmo que não compreendamos de imediato. 

Não se trata de crer em algo "além da razão", mas acreditar "por causa da razão". Como diria o Dr. Rodrigo Silva: "Fé sem uso uso da razão não é fé, é fideísmo".

Cabe aqui apenas mais um comentário que é um complemento à resposta ateísta: a razão é limitada aos fatos e PRINCIPALMENTE à lógica e até aqui, apesar de alguns argumentos como o citado acima não serem dos mais felizes, foi o teísmo e não o ateísmo quem demonstrou maior fidedignidade lógica e factual.

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PODERES PSÍQUICOS

Argumento Teísta: "Há forte evidência de poderes psíquicos, reencarnação e coisas semelhantes. Você tem de admitir que há ali alguma coisa!"

O que o ateu diz: A maioria dos cientistas discorda que haja forte evidência para alegações "paracientíficas". Quando cuidadosamente examinadas com controles rígidos, são geralmente expostas como deturpações ou completa fraude.

Mesmo que essas alegações fossem legítimas, fenômenos misteriosos podem ter explicações perfeitamente naturais. Nesses casos, os céticos preferem suspender o julgamento em vez de se lançarem em conclusões supersticiosas.

Proibido Pensar: Este blog concorda inteiramente que suposições como reencarnação, fantasmas, lobisomens, papai noel, OVNIs, homem-aranha, kriptonita e outras sandices que só caem bem na ficção são geralmente deturpações ou completa fraude publicitária e não encontram respaldo bíblico.

Mas cabe aqui um comentário aos ateus em geral. Baseado no argumento de Dan Barker, se "fenômenos misteriosos podem ter explicações perfeitamente naturais" porque o ateu não aceita o mesmo argumento para defender a existência de milagres? Fica aqui a reflexão...

Continua...