Você sabe o que o documentário "Zeitgeist" diz sobre o Cristianismo?
Jesus... mito ou realidade?
Ah, qualquer um que apreça numa tela hoje em dia levantando essa questão é levado muito à sério... a existência histórica de Cristo é um evento que ocorreu em uma dimensão definida de tempo e espaço. Wilbur Smith, notável erudito e mestre, observa (Smith, Wilbur M. Therefore Stand: Christian Apologetics. Grand Rapids: Baker Book House, 1965):
"O significado da ressurreição é um assunto teológico, mas o fato da ressurreição é um assunto histórico; a natureza da ressurreição do corpo de Cristo pode ser um mistério, mas o fato de que o corpo desapareceu do túmulo é um assunto para ser decidido sobre uma evidência histórica. O lugar possui uma definição geográfica, o homem a quem pertencia o túmulo era um homem que vivia na primeira metade do século primeiro; o túmulo era feito de pedra e ficava ao lado de uma colina próximo a Jerusalém. Não era nenhum invento diferente envolto numa atmosfera mitológica decorado com tecidos finos, mas era algo que tinha significância geográfica. Os guardas colocados diante do túmulo não eram seres fictícios do Monte Olimpo; o Sinédrio era um corpo de homens que se encontravam freqüentemente em Jerusalém. Como uma vasta literatura nos fala, esta pessoa, Jesus, era uma pessoa vivente, um homem entre outros homens, e os discípulos que saíram para pregar o Senhor ressuscitado eram homens entre homens, homens que se alimentaram, beberam, dormiram, sofreram, trabalharam e morreram. Que tem isto de doutrina? Este é um problema histórico" (página 386).
Bem, como devem ter notado o Zeitgeist se prende muito na data de 25 de dezembro como sendo realmente a data do nascimento de Jesus. Sobre isso, vejam só o que eu achei num blog de defesa ao ateísmo que também aborda a questão do Zeitgeist:
"Jesus nasceu no reinado de Herodes o Grande , segundo o Evangelho de Mateus (Mateus 2:1), Jesus nasceu pouco antes da morte do rei Herodes, o Grande. Antes de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém com menos de 2 anos, de acordo com o tempo que apareceu a “estrela” aos magos(Mateus 2:16). Nessa ocasião, o menino Jesus teria cerca de 2 anos.
Flávio Josefo menciona um eclipse lunar no dia em que um líder de uma revolta contra Herodes, chamado Matias, era queimado vivo. Este eclipse, o único mencionado por Flávio Josefo, não é mencionado nos Evangelhos. Esse eclipse foi identificado pelos historiadores como tendo ocorrido a 13 de Março de 4 a.C.. Herodes morreria pouco depois no ano 4 Antes de Cristo (a.C.)
Outro facto que comprova o nascimento de Jesus muito antes são os Censos que José teve de ir fazer a Jerusalém no dia a seguir ao nascimento de Jesus (Lucas 2:1-4). Esses censos ocorreram no ano 8 a.C., mas como os judeus eram contra este tipo de contagem na realidade todos os judeus só foram recenseados no mês de Agosto do ano 7 a.C., e assim o foi Maria e José.
Outro dado importante que nos diz a Bíblia é a apresentação dos bebês no templo, bem como a purificação das mulheres (Lucas 2:21-24) que teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi apresentado no templo de Zacarias, segundo os registos locais, no mês de Setembro num sábado. Sabe-se que Setembro do ano 7 a.C. teve quatro sábados: 4, 11, 18 e 25. Como os censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o sábado de apresentação seria o de 11. Logo Jesus teria nascido algures depois de 21 de Agosto do ano 7 a.C..
Mais um dado aportado para esta má interpretação do nascimento, é o facto de o Anjo Gabriel anunciar a boa nova aos pastores que guardavam os seus rebanhos nas colinas de Belém (Lucas 2:8-12) . Ora não há forma de pastar o que quer que seja nas colinas de Belém em pleno Dezembro, esse processo é feita nos meses de Verão. "
Fonte: http://odetriunfante.wordpress.com/2009/12/25/as-contradicoes-com-o-nascimento-de-jesus/#more-1941
Zeitgeist faz menção de diversos personagens mitológicos de várias sociedades antigas que possuem elementos da história de Cristo. Sobre essa questão C. S. Lewis tem uma bela cartada em Cristianismo Puro e Simples: essas impressões em outros lugares e épocas com histórias tão similares à de Cristo seriam "sonhos bons" ou "revelações divinas" reais do que estaria por vir... Como mitos premunitórios preparando terreno para o Jesus real. Mesmo os apóstolos usaram dessas similitudes para pregar as boas novas do evangelho. O mesmo argumento vale sobre a suposição de que os 10 Mandamentos da Torah seriam plágio do Livro dos Mortos egípcio.
Agora para os mais céticos vamos ter que apresentar algo mais substancial. Jesus em hebraico é IESHUA que, como em hebraico não há consoantes pode ser transliterado como José, Josué, Jesus, etc... Outro ponto crucial no entendimento da etimologia do nome de Jesus é que historicamente os judeus tinham costume de repetir os nomes familiares, assim sendo havia uma penca de repetições de nomes e Jesus poderia ser, hoje, apenas José Júnior! Ainda mais quando analisamos que sobrenomes são invenções relativamente recentes¹.
A dificuldade histórica em conciliar os nomes de Jesus com Cristo é encrenca desnecessária se pensarmos que quando crucificado Jesus foi acusado (e debochado pela famosa plaquinha INRI) justamente de se afirmar o "Cristo", e referências históricas de um Cristo crucificado não preciso citar, o próprio Zeitgeist as confirma. Além do mais sabemos que Pilatos, Herodes e outros personagens bíblicos são amplamente citados, e se o número de testemunhas faz a veracidade dos fatos, tanto Jesus como seus referidos contemporâneos existiram. O que são os evangelhos além de Relatos históricos de pessoas que viram um cara ensinar, morrer crucificado de repente vivo de novo andando por aí e falando com eles? Qualquer um que leia um evangelho saberá que ele é muito mais parecido com um relato documental e cheio demais de referências (e o meio acadêmico adora referências) pra se tratar de um mito. É cru demais pra ser. O estilo literário não bate!
Após a crucificação, crer no restante da história de Jesus, o Cristo, depende da fé. Quanto à história do Cristianismo, os livros de história a contam como sendo uniforme, mas não é! Que o digam as centenas de religiões que se chamam cristãs.
A quem quer realmente entender o Cristianismo e sua lógica, as dicas de leitura são:
Cristianismo Puro e Simples, de C. S. Lewis.
Decepcionado com Deus, de Phillip Yancey.
Um Estranho À Mesa do Jantar, de David Gregory.
O Estranho Senhor Adams, de André Darsie de Oliveira.
É Proibido - O que a bíblia permite e a igreja proibe, de Ricardo Gondim.
Dicionário Bíblico, de Ítalo Fernando Brevi.
Enciclipédia Apologética, de Norman L. Geisler.
Os 100 Acontecimentos Mais Importantes da História do Cristianismo (Curtis, A. Kenneth; Lang, J. Stephen; Petersen, Randy).
http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/sobre_nomes/origem_nomes.html
http://www.meusparentes.com.br/centro-de-informacoes/origem-dos-sobrenomes
http://saibahistoria.blogspot.com/2007/08/voc-sabe-como-surgiu-o-seu-sobrenome.html
http://www.benzisobrenomes.com/textos_3.html
http://hebreu-israelita.blogspot.com/2009/06/hebrewismo-da-africa.html
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