[Um leitor perguntou se acreditamos na existência dum "inferno de fogo" literal. Como às vezes esta dúvida surge por parte de alguns leitores, traduzimos o artigo abaixo, para usá-lo como uma "resposta oficial".]
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Em 1999, o Papa João Paulo II disse o seguinte sobre a natureza do inferno: "Em vez de ser um lugar físico, o inferno é a condição daqueles que se separam livre e definitivamente de Deus, a fonte de toda a vida e alegria."
Alguns anos antes, o popular televangelista Billy Graham dissera à revista Time: "A única coisa que eu poderia dizer com certeza é que o inferno significa a separação de Deus... Quanto a se significa fogo literal, não prego, porque não tenho certeza sobre isso.
" E num encontro da comunidade fora de Roma, o Papa Bento XVI afirmou que o inferno "existe realmente e é eterno, ainda que ninguém esteja mais falando muito sobre ele." Bento, ex-sancionador da doutrina católica, também disse à assistência que se os pecadores não conseguem "admitir a culpa" arriscam-se à "condenação eterna".
A Questão
A idéia de um inferno que queima eternamente tem assustado muitos milhões de pessoas!
O que acontece realmente com os maus após a morte? São eles "condenados ao inferno", no qual suas "almas" assam em "tormento" para sempre? Se o inferno existe, e os ímpios vão para lá, onde ele se encontra e o que ele é? E quando é que eles vão para lá? E quanto à ressurreição dos mortos? E a parábola de Lázaro e do homem rico?
Existem muitas crenças populares sobre o destino dos pecadores impenitentes. Por que tanta confusão? Quais são as respostas da Bíblia? Nela é que está a verdade sobre o inferno.
Vários anos atrás, um famoso assassino em massa impenitente foi executado. Um parente de rosto sombrio de uma de suas vítimas apareceu numa reunião da imprensa pouco depois e declarou que o assassino estava agora "queimando no inferno." Era óbvio que este familiar da vitima também queria que isso fosse verdade, tão sinceramente como ele acreditava em sua própria declaração. Qual foi o destino desse assassino? Será que o castigo pelos seus crimes é queimar no inferno para sempre? A maioria dos cristãos professos responderia "sim". Mas é isso o que a Bíblia ensina?
A Crença Popular
A imagem mais comum de pessoas "queimando no inferno" retrata um Deus disposto a queimar pessoas por toda a eternidade, sem nunca queimá-los totalmente. Desconsiderando o que as Escrituras ensinam, pergunte a si mesmo: Que tipo de Deus é capaz disso? Os modernos "ativistas em prol dos direitos humanos" reconhecem a terrível crueldade da tortura – mesmo em suas formas temporárias. Será que o Deus amoroso da Bíblia criaria uma câmara de tortura eterna? Se assim for, Ele teria de testemunhar, para o resto da eternidade, o sofrimento daqueles que Ele havia condenado a tal "inferno".
Podemos também perguntar: Como a salvação poderia ser agradável para os salvos, se eles forem forçados a assistir seus filhos ou pais – e outros entes queridos – gritando de dor e agonia pelo resto do tempo? Percebe o leitor o absurdo desta idéia? No entanto, milhões e milhões chegam a esta conclusão quando aceitam as crenças em torno do conceito popular do inferno.
Consideremos o que a Enciclopédia Americana diz sobre o inferno: “...Entende-se em geral que o inferno seja a moradia de espíritos maus; as regiões infernais,... para onde vão as almas perdidas ou condenadas, após a morte, para sofrer tormentos indescritíveis e punição eterna... Alguns têm pensado nele como o lugar criado pela Divindade, no qual Ele pune com severidade inconcebível, e por toda a eternidade, as almas daqueles que, por não acreditarem ou por terem adorado falsos deuses provocaram sua ira. É o lugar da vingança divina, irrestrita, e que nunca tem fim." Outra citação, também da Enciclopédia Americana, faz esta admissão assombrosa sobre a aceitação quase universal da crença popular sobre o inferno: "As principais características do inferno, tal como concebido pelos hindus, persas, egípcios, gregos e teólogos cristãos são essencialmente os mesmas."
O Inferno de Dante
Quase ninguém entende que foram principalmente poetas pagãos que originaram os conceitos amplamente aceitos hoje, sobre um inferno subterrâneo e que queima eternamente.
Grande parte da tradição que cerca este assunto veio da famosa obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri (1265-1321). Nela, ele descreveu seu conceito do paraíso, purgatório e inferno. Observemos esta citação de um livro sobre a vida dele, intitulado Dante e Seu Inferno: "De todos os poetas dos tempos modernos, Dante Alighieri foi, talvez, o maior educador. Ele teve, possivelmente, a maior influência sobre o curso da civilização do que qualquer outro homem desde os dias dele... Em verso incompreensível, escreveu um relato imaginativo e lúgubre sobre um inferno sombrio – um longo poema contendo certas frases que chamaram a atenção do mundo, tais como, "abandonai toda a esperança... vós, os que aqui entrais!” Isso teve um tremendo impacto e influência sobre o pensamento e o ensino cristão popular. Seu Inferno baseou-se em Virgílio e em Platão."
Isso torna óbvio de onde foi que Dante obteve suas idéias. Ele acreditava que os filósofos pagãos Platão e Virgílio foram divinamente inspirados. Sua fascinação com o filósofo grego Platão o levou a aceitar as idéias de Platão sobre a imortalidade da alma, conforme descritas em sua famosa obra, Fédon. Eis o que a Enciclopédia Americana diz sobre Virgílio: "Virgílio, poeta romano pagão, 70-12 A.C. Pertenceu à escola nacional do pensamento pagão romano, influenciada pelos escritores gregos. Os cristãos da Idade Média, incluindo Dante, acreditavam que ele havia recebido alguma medida de inspiração divina."
Poucos conhecem a verdadeira origem das crenças que ele abraçou. Menos pessoas desejam sequer saber! Simplesmente expusemos a verdadeira origem dessa crença nas citações acima. Percebe o leitor a origem dessas idéias? O conceito de um inferno que queima para sempre tem origem inteiramente pagã! Veremos que a versão popular do inferno nunca teve nada que ver com o verdadeiro ensinamento da Bíblia. Uma
Citação Popular
Talvez o versículo mais familiar e mais citado da Bíblia, é entendido por poucos. João 3:16 declara: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Milhões citam rotineiramente este versículo, ignorando uma frase essencial dentro dele.
Vamos relê-lo! Àqueles que recebem a salvação promete-se que ‘não perecerão’, mas "terão a vida eterna"! Se o inferno é um lugar de tortura eterna, então as pessoas que sofrem esse tormento também devem ter a vida eterna. Mas o versículo diz "não pereça". Ele não diz, "não sofra a vida eterna em tormentos." Como pode a palavra perecer ter alguma relação com o ensino popular sobre o inferno e o fogo do inferno? Por que Deus inspirou João a usar a palavra “pereça”, se não era isso o que Ele queria dizer?
O Salário do Pecado
Se você está empregado, recebe regularmente os contracheques. Representam o salário que lhe é pago pelo trabalho realizado. E Deus? Ele alguma vez paga salário pelo trabalho? Observemos Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Este versículo reflete exatamente o que diz João 3:16! A vida eterna é contrastada com a MORTE – O PERECIMENTO! O SALÁRIO DO PECADO É A MORTE, NÃO A TORTURA ETERNA NO INFERNO.
Não há qualquer mistério quanto ao significado do salário que o empregador paga a um funcionário pelo seu trabalho. Por que deveria haver alguma confusão quanto ao significado do salário que Deus paga a um pecador por suas obras? Deus diz que paga aos iníquos um salário de morte – não a vida em um lugar de tormento. A Bíblia diz o que isso significa, e significa exatamente o que ela diz. Afirma que "a Escritura não pode falhar." (João 10:35) e "a tua palavra [de Deus] é a verdade" (João 17:17). Se cremos que a Bíblia é a verdade infalível, então devemos acreditar que morte significa morte e vida significa vida! É lamentável que a maioria não entenda estes versículos simples.
Antes de examinarmos diversos versículos adicionais sobre o tema do inferno, devemos estabelecer bases importantes. A idéia de um inferno de fogo eterno é inseparável da crença popular de que todos os seres humanos têm almas imortais. Devemos examinar o que Deus diz sobre a alma. Ela não é o que você, leitor, pode pensar que seja!
As Pessoas Têm Almas Imortais?
A maioria das pessoas não entende a relação entre homens físicos e almas. Na escola dominical, fui ensinado que os seres humanos nascem com almas imortais. A crença comum é que, após a morte, as almas dos pecadores vão para o inferno para sempre, pois eles são imortais. É isso o que diz a Bíblia? Se o salário do pecado é a morte, poderia a Bíblia também ensinar que as pessoas têm almas imortais?
Gênesis 2:7 diz: "Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." Este versículo não diz que os homens têm alma, mas que eles são almas. Adão passou a ser uma alma – não foi dada a ele uma alma. Então, quase imediatamente, Deus o avisou: "E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gênesis 2:16, 17). Quando colocados juntos, estes versículos revelam que os homens SÃO almas e que as almas podem MORRER!
O profeta Ezequiel foi inspirado a escrever (duas vezes): "A alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:4, 20). A morte é a ausência de vida. É a descontinuidade, a cessação da vida. A morte não é a vida em outro lugar. O homem não está deixando "esta vida" por "outra vida" – a "próxima vida".
Ademais, sobre a questão de se a alma pode morrer ou não, considere Mateus 10:28: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele [Deus] que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." A Bíblia diz que as almas podem ser DESTRUÍDAS! Segundo este versículo, elas podem perecer, tanto quanto os corpos podem. Todos reconhecemos que os corpos eventualmente morrem e que, quando o fazem, eles naturalmente se decompõem e são completamente "destruídos", devido ao processo de corrupção natural. Qualquer agente funerário reconhece isso. Este versículo apresenta o entendimento de que Deus realmente destrói as almas no INFERNO! Os corpos podem morrer e ser destruídos de muitas maneiras diferentes. No entanto, as almas são destruídas por Deus no inferno.
Estão os Mortos Conscientes?
As mentes humanas se diferenciam dos cérebros dos animais por meio da presença do pensamento inteligente. Presumivelmente, se os mortos não estão mortos, mas estão realmente ainda vivos, então eles devem ser capazes de algum tipo de pensamento inteligente. Eles devem, pelo menos, estar conscientes de onde estão. Vamos considerar uma série de textos.
Primeiro, observemos o Salmo 146:3-4: "Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam para sua terra; naquele mesmo dia, perecem os seus pensamentos." Quando as pessoas morrem, seus pensamentos cessam imediatamente - "naquele mesmo dia" Isso é o que o texto diz. Este versículo não é compatível com a idéia de que os mortos estão sofrendo conscientemente em um lugar de tormento. Poderíamos supor que, se eles estão sofrendo, eles não têm conhecimento de que eles estão. Eles não estão apercebidos do que está acontecendo com eles. Pergunte-se: Até que ponto chegaria o sofrimento deles? Seria como se estivessem em coma – ou seja, completamente inconscientes do que está acontecendo ao seu redor – enquanto seu sistema nervoso sensorial está sentindo a tremenda dor causada pelo fogo? Como poderia ser isso?
Usemos a seguinte analogia: Se uma pessoa for se submeter a uma grande cirurgia, ela é anestesiada – isso faz com que ela fique inconsciente – de modo que não sentirá dor. Se os médicos entendem isso, por que os TEÓLOGOS E RELIGIOSOS não entendem? Por que eles negam as declarações simples da Bíblia? Algumas pessoas que voluntariamente ignoram a mensagem das Escrituras alegam que apenas os pensamentos mortais "perecem", no sentido de que os mortos deixam este mundo terreno e experimentam algum tipo misterioso de pensamento, diferente do que conheciam antes. É verdade isso? Claro que é um absurdo, e a Bíblia não diz isso, mas devemos pelo menos examinar a idéia. Consideremos agora um versículo ainda mais direto: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento." (Eclesiastes 9:5). Para o leitor honesto, não há como não entender o significado claro aqui!
Salomão registrou: "Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão." (Eclesiastes 3:19-20).
Agora consideremos o Salmo 115:17: “Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio." A morte envolve “silêncio”. Isso certamente não se coaduna com qualquer um dos conceitos populares sobre milhões de mortos chorando e gritando de agonia. Esta cena nunca poderia ser descrita como SILÊNCIO! E, se muitos dos mortos vão para o céu, por que eles não estão louvando a Deus?
O Salmo 6:5 explica adicionalmente que os mortos não têm memória consciente: "Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?" Poderia alguém sugerir seriamente que os mortos, sofrendo no inferno, podem experimentar o grau normal de memórias humanas, mas não estão cientes de Deus – nem se lembram dele? Será que Deus colocaria as pessoas no "inferno" e, em seguida as deixaria lá sofrendo, sempre pensando em como elas teriam chegado lá e quem as teria colocado lá – porque não têm ‘nenhuma lembrança’ de qualquer coisa relacionada com Deus?
Lembre-se de deixar que a Bíblia interprete a Bíblia. Mantenha sempre a sua simples verdade, e as idéias enganosas dos homens cairão como um castelo de cartas.
Alguns anos antes, o popular televangelista Billy Graham dissera à revista Time: "A única coisa que eu poderia dizer com certeza é que o inferno significa a separação de Deus... Quanto a se significa fogo literal, não prego, porque não tenho certeza sobre isso.
" E num encontro da comunidade fora de Roma, o Papa Bento XVI afirmou que o inferno "existe realmente e é eterno, ainda que ninguém esteja mais falando muito sobre ele." Bento, ex-sancionador da doutrina católica, também disse à assistência que se os pecadores não conseguem "admitir a culpa" arriscam-se à "condenação eterna".
A Questão
A idéia de um inferno que queima eternamente tem assustado muitos milhões de pessoas!
O que acontece realmente com os maus após a morte? São eles "condenados ao inferno", no qual suas "almas" assam em "tormento" para sempre? Se o inferno existe, e os ímpios vão para lá, onde ele se encontra e o que ele é? E quando é que eles vão para lá? E quanto à ressurreição dos mortos? E a parábola de Lázaro e do homem rico?
Existem muitas crenças populares sobre o destino dos pecadores impenitentes. Por que tanta confusão? Quais são as respostas da Bíblia? Nela é que está a verdade sobre o inferno.
Vários anos atrás, um famoso assassino em massa impenitente foi executado. Um parente de rosto sombrio de uma de suas vítimas apareceu numa reunião da imprensa pouco depois e declarou que o assassino estava agora "queimando no inferno." Era óbvio que este familiar da vitima também queria que isso fosse verdade, tão sinceramente como ele acreditava em sua própria declaração. Qual foi o destino desse assassino? Será que o castigo pelos seus crimes é queimar no inferno para sempre? A maioria dos cristãos professos responderia "sim". Mas é isso o que a Bíblia ensina?
A Crença Popular
A imagem mais comum de pessoas "queimando no inferno" retrata um Deus disposto a queimar pessoas por toda a eternidade, sem nunca queimá-los totalmente. Desconsiderando o que as Escrituras ensinam, pergunte a si mesmo: Que tipo de Deus é capaz disso? Os modernos "ativistas em prol dos direitos humanos" reconhecem a terrível crueldade da tortura – mesmo em suas formas temporárias. Será que o Deus amoroso da Bíblia criaria uma câmara de tortura eterna? Se assim for, Ele teria de testemunhar, para o resto da eternidade, o sofrimento daqueles que Ele havia condenado a tal "inferno".
Podemos também perguntar: Como a salvação poderia ser agradável para os salvos, se eles forem forçados a assistir seus filhos ou pais – e outros entes queridos – gritando de dor e agonia pelo resto do tempo? Percebe o leitor o absurdo desta idéia? No entanto, milhões e milhões chegam a esta conclusão quando aceitam as crenças em torno do conceito popular do inferno.
Consideremos o que a Enciclopédia Americana diz sobre o inferno: “...Entende-se em geral que o inferno seja a moradia de espíritos maus; as regiões infernais,... para onde vão as almas perdidas ou condenadas, após a morte, para sofrer tormentos indescritíveis e punição eterna... Alguns têm pensado nele como o lugar criado pela Divindade, no qual Ele pune com severidade inconcebível, e por toda a eternidade, as almas daqueles que, por não acreditarem ou por terem adorado falsos deuses provocaram sua ira. É o lugar da vingança divina, irrestrita, e que nunca tem fim." Outra citação, também da Enciclopédia Americana, faz esta admissão assombrosa sobre a aceitação quase universal da crença popular sobre o inferno: "As principais características do inferno, tal como concebido pelos hindus, persas, egípcios, gregos e teólogos cristãos são essencialmente os mesmas."
O Inferno de Dante
Quase ninguém entende que foram principalmente poetas pagãos que originaram os conceitos amplamente aceitos hoje, sobre um inferno subterrâneo e que queima eternamente.
Grande parte da tradição que cerca este assunto veio da famosa obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri (1265-1321). Nela, ele descreveu seu conceito do paraíso, purgatório e inferno. Observemos esta citação de um livro sobre a vida dele, intitulado Dante e Seu Inferno: "De todos os poetas dos tempos modernos, Dante Alighieri foi, talvez, o maior educador. Ele teve, possivelmente, a maior influência sobre o curso da civilização do que qualquer outro homem desde os dias dele... Em verso incompreensível, escreveu um relato imaginativo e lúgubre sobre um inferno sombrio – um longo poema contendo certas frases que chamaram a atenção do mundo, tais como, "abandonai toda a esperança... vós, os que aqui entrais!” Isso teve um tremendo impacto e influência sobre o pensamento e o ensino cristão popular. Seu Inferno baseou-se em Virgílio e em Platão."
Isso torna óbvio de onde foi que Dante obteve suas idéias. Ele acreditava que os filósofos pagãos Platão e Virgílio foram divinamente inspirados. Sua fascinação com o filósofo grego Platão o levou a aceitar as idéias de Platão sobre a imortalidade da alma, conforme descritas em sua famosa obra, Fédon. Eis o que a Enciclopédia Americana diz sobre Virgílio: "Virgílio, poeta romano pagão, 70-12 A.C. Pertenceu à escola nacional do pensamento pagão romano, influenciada pelos escritores gregos. Os cristãos da Idade Média, incluindo Dante, acreditavam que ele havia recebido alguma medida de inspiração divina."
Poucos conhecem a verdadeira origem das crenças que ele abraçou. Menos pessoas desejam sequer saber! Simplesmente expusemos a verdadeira origem dessa crença nas citações acima. Percebe o leitor a origem dessas idéias? O conceito de um inferno que queima para sempre tem origem inteiramente pagã! Veremos que a versão popular do inferno nunca teve nada que ver com o verdadeiro ensinamento da Bíblia. Uma
Citação Popular
Talvez o versículo mais familiar e mais citado da Bíblia, é entendido por poucos. João 3:16 declara: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Milhões citam rotineiramente este versículo, ignorando uma frase essencial dentro dele.
Vamos relê-lo! Àqueles que recebem a salvação promete-se que ‘não perecerão’, mas "terão a vida eterna"! Se o inferno é um lugar de tortura eterna, então as pessoas que sofrem esse tormento também devem ter a vida eterna. Mas o versículo diz "não pereça". Ele não diz, "não sofra a vida eterna em tormentos." Como pode a palavra perecer ter alguma relação com o ensino popular sobre o inferno e o fogo do inferno? Por que Deus inspirou João a usar a palavra “pereça”, se não era isso o que Ele queria dizer?
O Salário do Pecado
Se você está empregado, recebe regularmente os contracheques. Representam o salário que lhe é pago pelo trabalho realizado. E Deus? Ele alguma vez paga salário pelo trabalho? Observemos Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Este versículo reflete exatamente o que diz João 3:16! A vida eterna é contrastada com a MORTE – O PERECIMENTO! O SALÁRIO DO PECADO É A MORTE, NÃO A TORTURA ETERNA NO INFERNO.
Não há qualquer mistério quanto ao significado do salário que o empregador paga a um funcionário pelo seu trabalho. Por que deveria haver alguma confusão quanto ao significado do salário que Deus paga a um pecador por suas obras? Deus diz que paga aos iníquos um salário de morte – não a vida em um lugar de tormento. A Bíblia diz o que isso significa, e significa exatamente o que ela diz. Afirma que "a Escritura não pode falhar." (João 10:35) e "a tua palavra [de Deus] é a verdade" (João 17:17). Se cremos que a Bíblia é a verdade infalível, então devemos acreditar que morte significa morte e vida significa vida! É lamentável que a maioria não entenda estes versículos simples.
Antes de examinarmos diversos versículos adicionais sobre o tema do inferno, devemos estabelecer bases importantes. A idéia de um inferno de fogo eterno é inseparável da crença popular de que todos os seres humanos têm almas imortais. Devemos examinar o que Deus diz sobre a alma. Ela não é o que você, leitor, pode pensar que seja!
As Pessoas Têm Almas Imortais?
A maioria das pessoas não entende a relação entre homens físicos e almas. Na escola dominical, fui ensinado que os seres humanos nascem com almas imortais. A crença comum é que, após a morte, as almas dos pecadores vão para o inferno para sempre, pois eles são imortais. É isso o que diz a Bíblia? Se o salário do pecado é a morte, poderia a Bíblia também ensinar que as pessoas têm almas imortais?
Gênesis 2:7 diz: "Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." Este versículo não diz que os homens têm alma, mas que eles são almas. Adão passou a ser uma alma – não foi dada a ele uma alma. Então, quase imediatamente, Deus o avisou: "E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gênesis 2:16, 17). Quando colocados juntos, estes versículos revelam que os homens SÃO almas e que as almas podem MORRER!
O profeta Ezequiel foi inspirado a escrever (duas vezes): "A alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:4, 20). A morte é a ausência de vida. É a descontinuidade, a cessação da vida. A morte não é a vida em outro lugar. O homem não está deixando "esta vida" por "outra vida" – a "próxima vida".
Ademais, sobre a questão de se a alma pode morrer ou não, considere Mateus 10:28: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele [Deus] que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." A Bíblia diz que as almas podem ser DESTRUÍDAS! Segundo este versículo, elas podem perecer, tanto quanto os corpos podem. Todos reconhecemos que os corpos eventualmente morrem e que, quando o fazem, eles naturalmente se decompõem e são completamente "destruídos", devido ao processo de corrupção natural. Qualquer agente funerário reconhece isso. Este versículo apresenta o entendimento de que Deus realmente destrói as almas no INFERNO! Os corpos podem morrer e ser destruídos de muitas maneiras diferentes. No entanto, as almas são destruídas por Deus no inferno.
Estão os Mortos Conscientes?
As mentes humanas se diferenciam dos cérebros dos animais por meio da presença do pensamento inteligente. Presumivelmente, se os mortos não estão mortos, mas estão realmente ainda vivos, então eles devem ser capazes de algum tipo de pensamento inteligente. Eles devem, pelo menos, estar conscientes de onde estão. Vamos considerar uma série de textos.
Primeiro, observemos o Salmo 146:3-4: "Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam para sua terra; naquele mesmo dia, perecem os seus pensamentos." Quando as pessoas morrem, seus pensamentos cessam imediatamente - "naquele mesmo dia" Isso é o que o texto diz. Este versículo não é compatível com a idéia de que os mortos estão sofrendo conscientemente em um lugar de tormento. Poderíamos supor que, se eles estão sofrendo, eles não têm conhecimento de que eles estão. Eles não estão apercebidos do que está acontecendo com eles. Pergunte-se: Até que ponto chegaria o sofrimento deles? Seria como se estivessem em coma – ou seja, completamente inconscientes do que está acontecendo ao seu redor – enquanto seu sistema nervoso sensorial está sentindo a tremenda dor causada pelo fogo? Como poderia ser isso?
Usemos a seguinte analogia: Se uma pessoa for se submeter a uma grande cirurgia, ela é anestesiada – isso faz com que ela fique inconsciente – de modo que não sentirá dor. Se os médicos entendem isso, por que os TEÓLOGOS E RELIGIOSOS não entendem? Por que eles negam as declarações simples da Bíblia? Algumas pessoas que voluntariamente ignoram a mensagem das Escrituras alegam que apenas os pensamentos mortais "perecem", no sentido de que os mortos deixam este mundo terreno e experimentam algum tipo misterioso de pensamento, diferente do que conheciam antes. É verdade isso? Claro que é um absurdo, e a Bíblia não diz isso, mas devemos pelo menos examinar a idéia. Consideremos agora um versículo ainda mais direto: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento." (Eclesiastes 9:5). Para o leitor honesto, não há como não entender o significado claro aqui!
Salomão registrou: "Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão." (Eclesiastes 3:19-20).
Agora consideremos o Salmo 115:17: “Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio." A morte envolve “silêncio”. Isso certamente não se coaduna com qualquer um dos conceitos populares sobre milhões de mortos chorando e gritando de agonia. Esta cena nunca poderia ser descrita como SILÊNCIO! E, se muitos dos mortos vão para o céu, por que eles não estão louvando a Deus?
O Salmo 6:5 explica adicionalmente que os mortos não têm memória consciente: "Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?" Poderia alguém sugerir seriamente que os mortos, sofrendo no inferno, podem experimentar o grau normal de memórias humanas, mas não estão cientes de Deus – nem se lembram dele? Será que Deus colocaria as pessoas no "inferno" e, em seguida as deixaria lá sofrendo, sempre pensando em como elas teriam chegado lá e quem as teria colocado lá – porque não têm ‘nenhuma lembrança’ de qualquer coisa relacionada com Deus?
Lembre-se de deixar que a Bíblia interprete a Bíblia. Mantenha sempre a sua simples verdade, e as idéias enganosas dos homens cairão como um castelo de cartas.
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Artigo original em inglês: David C. Pack - Real Truth Magazine.
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