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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Jim Brass contra o Humanismo ☑



Reparem a cena acima. Trata-se de um interrogatório que assisti no C.S.I. e me pareceu muuuuito útil. Assisti esse episódio de CSI e fiquei intrigado (CSI.Las Vegas, 9.ª temporada,
episódio 19, intitulado "The Descent Of Man"). Que tal analisarmos a filosofia por trás dele?



Começo da cena

Jim Brass, o detetive: -Segundo isto, disse que acertou Steven com o cajado dele. Você o golpeou, não é verdade?

São "George", o réu: -É... não.

Jim Brass: -Com o que o acertou? Aqui diz uma pedra grande.

São "George", o réu: -Sim.

Jim Brass: -Não, espere, um galho de árvore.

São "George", o réu: -Sim.

Jim Brass: -Não, um bastão de hóquei.

São "George", o réu: -Sim.

Jim Brass: -Você não matou Steven, matou?

São "George", o réu: -Não.

Jim Brass: -Então por que confessou o assassinato?

São "George", o réu: -Tento viver minha vida segundo a 17ª Proclamação de Steven. De seu segundo sermão no Starbucks.

Jim Brass: -Perdi esse.

São "George", o réu: - "É melhor consentir, do que estar certo".

Jim Brass: -Isso não é religião. É casamento. (risos) ...Então, você não matou Steven.

São "George", o réu: -Sim... não.

Jim Brass: -Matou?

São "George", o réu: -Sim.

Jim Brass: -Você o matou?

São "George", o réu: -Não.

Jim Brass: -Você é clinicamente maluco ou incrivelmente perturbado?

São "George", o réu: -O que prefere?

Jim Brass: -Importa-se de se submeter a uma avaliação psicológica?

São "George", o réu: - Não.

Jim Brass: -Nem sei por que perguntei. (fim da cena)


O episódio e o interrogatório em questão giram em torno do homicídio de um tal "Santo Steven", fundador de uma religião bizarra na cidade de Las Vegas (também pudera, num lugar onde caras vestidos de Elvis realizam casamentos...).

Imaginem que esse diálogo não seja um interrogatório de homicídio, mas um debate sobre um tema qualquer de filosofia numa faculdade, como "a natureza da verdade", por exemplo. Teríamos o réu representando uma vertente da filosofia chamada "Humanismo" e o detetive Jim Brass representando a Lógica. Já abordamos similaridades entre as crenças humanistas e satanistas na matéria "Satanismo secular na música e na cultura". Agora, vamos examinar como o Humanismo se afirma na prática.


HUMANISMO


Premissa maior: 
1-Realidade é externa. (está fora de nós)

Premissa menor:
2-Estados mentais (dentro de nós) são independentes da realidade.

Conclusão:
3-Verdadeiro e falso são variações de estados mentais.

Definição de verdade:
4-Quando várias proposições estabelecem concordância entre si,
chamamos a isso de verdade.

Definição de falso:
5-Quando várias proposições discordam entre si, a isso chamamos de falso.


Logo, conclui-se que, as crenças humanistas, na prática, relativizam a verdade em detrimento da evidência, (diferente do ceticismo, que afirma que as evidências vividas na experiência não podem ser coerentemente apreendidas ou aprendidas e também já foi abordado na matéria "Dissecando o Ceticismo").

Quando pomos à prova essa visão de mundo, ilustrada num simples interrogatório como esse, notamos que a estrutura de pensamento empregada pelo réu, discípulo de Santo Steven, e o Humanismo funcionam da mesma forma! Segundo o chamado "princípio da aquiescência" - que nada mais é que concordar com todo mundo e ignorar a verdade substancial para evitar conflitos. Qualquer criança de 5 anos nota que isso é incoerente na prática! Do ponto de vista lógico, o humanismo é apenas mais uma política de "vista grossa" que uma tentativa legítima de produzir conhecimento e encontrar a verdade. Ninguém em sã consciência deveria se isentar da lógica a ponto de seguir uma filosofia bizarra como essa, mas... se o mundo jaz no maligno, sendo o mal é a ausência do bem, e sendo a inteligência algo bom...

Deixo pra vocês a conclusão. XD

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