HIM e o Satanismo Pós-Moderno (Parte 2) ☑

"Jesus te ama. Deus é amor. O amor é lindo. Somos uma geração de apaixonados!" enfim... os grandes clichês do Cristianismo do século XXI.

Aparentemente o slogan do amor se fundiu ao da beleza. Músicas melosas com grande apelo emocional fazem parte do louvor das igrejas cristãs porque... "Deus é a beleza", como já disse Rubem Alves. Será?

Em primeiro lugar, sempre pressuponho que a beleza está nos olhos de quem vê, por conta não só da multiplicidade de gostos mas de formas e funções que as coisas e seres têm. A única beleza absoluta é a utilidade. Darwin, apesar dos pesares, disse coisas legais como: "A natureza seleciona pela sobrevivência e o homem pela beleza". É algo visível no dia-a-dia: As pessoas gostam do que é belo, mas nem sempre do que é útil...

Desde o culto ao corpo dos antigos gregos, às pinturas barrocas, que efeminavam as figuras sacras para torná-las mais belas e "divinas", a cultura ocidental adotou a ideia de que o belo é divino.

Retomando o problema do último post sobre a banda HIM, vamos aplicar essa lógica: as músicas do HIM são belas, logo, elas não podem ser satânicas/malignas, certo? Errado.

Canções recheadas de juras de amor e satanismo unidas. Até então, nenhuma banda de heavy metal (que se prezasse) entre as "du máu" ousaria unir esses elementos. O HIM não apenas o fez, mas Ville Valo, vocalista do HIM já admitiu que as temáticas satânicas das letras se devem ao fato de termos pelo menos 2 satanistas confessos na banda (vinculados ao satanismo vampírico). Duvida? Leia a reportagem com o próprio:

• www.mortesubita.org/sinfonias/musica-e-ocultismo/entrevista-com-ville-valo-lider-do-h-i.m

A moda água-com-açúcar não figura apenas nos templos cristãos... Partindo da mesma ideia de marketing, o HIM concebeu uma inovação bizarra: um diabo que "ama". O que me lembra um outro HIM:

H.I.M. - OU "ELE", PERSONAGEM DO DESENHO AS MENINAS SUPER-PODEROSAS :- )

Deus é amor (1 João 4:8), mas o amor machuca, disciplina e nem sempre é belo. O sacrifício de Cristo, maior ato de amor na visão cristã, foi um momento sanguinário e hediondo. A visão de amor do cristão é a morte que traz vida. Negar-se a si mesmo. Caminho estreito... Nada disso é bonito, mas é verdade. Talvez seja por isso que Jesus se apresenta como "o caminho, a VERDADE e a vida" e não como "paixão, beleza e clichê água-com-açúcar".

Continua...

*Nota póstuma: Pro nosso azar, o link da entrevista em questão teve seu domínio deletado, então nem adianta pesquisar por esse link. Porém, é possível que você ainda ache algo relacionado pesquisando pelo Google. Boa sorte!