Recentemente, em 2007 (Recentemente?! Bom, só porque alguém tem internet não quer dizer que saiba de tudo que se passa por aí!), o clássico de John Bunyan "O Peregrino", ganhou uma versão modernizada, a segunda versão oficial para o cinema até onde sei.
Praticamente, a notícia me fez ter um momento "Nostalgic Critic" porque eu assisti a adaptação do livro para as telas de 1983 e achei incrível!
Eu já havia tentado ler John Bunyan e devo admitir que fracassei miseravelmente. A linguagem era simples demais e não chamou minha atenção. Então, por curiosidade, sabendo da história de vida do autor, resolvi me arriscar com o filme e fiquei embasbacado com o modo como a obra se encaixava muito melhor na película que em páginas. Era como assistir a um sonho. Leve, etéreo, mas com uma inegável coerência interna.
O peregrino é uma metáfora da vida de cada ser humano, em seus altos e baixos, com seus sacrifícios na busca por coerência espiritual. Há exemplos de todos os tipos, os que vascilam na busca, aqueles que se rendem a auto-indulgência, o sacrifício final daquele que é fiel e a mais doce visão de morte que poderia-se esperar de uma narração fantástica. O conto é uma parábola, por assim dizer.
A primeira versão do filme é bem fiel ao livro (sim, eu assisti com amigos que tiveram paciência de ler). Não vou entrar em detalhes demais e os hyperlinks falam por si mesmos. O enredo, simples similar ao dos contos infantis, torna a história clara e direta em sua mensagem para qualquer um em qualquer idade. Divertido e didático e até dramático na devida dose. Os efeitos especiais antigos lembram as técnicas de filmagem do Chapolin Colorado. Aliás, as semelhanças com Chapolin não param por aí, também temos o chirrin-chirrion do diabo aprontando altas confusões e tentando desviar o peregrino de encontrar a verdade.
Não vi a versão nova do filme. Gosto tanto da antiga que não sei se conseguiria. De todo modo, vale a pena dar uma olhada.
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