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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em que Crêem os cristãos verdadeiros? ...E Por quê?

Após a publicação do texto "Em que Crêem os cristãos verdadeiros?" senti a necessidade de dar agora os pormenores dos motivos pelos quais é NECESSÁRIO crer no Credo Apostólico Cristão na forma como está organizado partindo de silogismos simples, mas que vão se aprofundando o bastante pra você começar a ofegar no final da leitura! 

Como a idéia da aliança entre Deus e o homem foi aqui diversas vezes posta em termos como um contrato, vamos analisar por partes cada uma das cláusulas do credo cristão... 

§ 1º. "Deus Pai, é o Criador dos céus e da terra." 

Premissas: 
1 - O Nada, nada gera. 
2 - Todo efeito tem uma causa. 
3 - Tudo que se degenera teve um princípio = com o passar do tempo a energia tende a ser dissipada de tal modo que a energia total utilizável se torna cada vez mais desordenada e mais difícil de captar e utilizar, o que indica que a energia teve uma carga inicial que está se desgastando, em outras palavras, teve um começo. 
4 - A ordem só pode ser gerada pela inteligência = ordem é um estado anti-natural para a matéria porque ela tende à entropia. 

Logo: O universo foi criado/causado por uma inteligência que cria e organiza a matéria. ou de outro modo...

Premissas: 
1 - Eu penso, logo existo. 
2 - Eu não me criei. 
3 - Todo efeito tem uma causa. 

Logo: Eu sou efeito produzido por alguma causa. A causa final não pode ter sido causada, do contrário seria um efeito. Logo, um Criador (socialmente chamado Deus) existe. 

***

§ 2º. "Jesus Cristo é o único Filho de Deus Pai, nosso Senhor." 
Premissas: Admitindo primeiramente que...

1 - Jesus Cristo é uma figura histórica que existiu; 
2 - Os relatos dos apóstolos são verdadeiros... 

*Jesus alegava ser o Filho de Deus. João 18, 37 
*Deus alegou que Jesus é seu Filho. Mateus 3:17 
*Deus não mente. Números 23:19 diz: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. 
*Aquilo que sempre existiu sem começo nem fim é eterno. 
*Deus sempre existiu (premissa necessária para ser a causa de tudo). 
*Filho é alguém gerado por alguém.
*Na geração, tudo que é gerado é da mesma espécie que o gerador. 
*Na criação, o criador pode criar coisas que não são do mesmo gênero e espécie que ele próprio. Portanto, criação difere de geração. 
*As pessoas não são da mesma espécie que Deus. Logo: Deus é eterno. Jesus foi gerado por Deus, sendo, portanto, seu filho da mesma substância de Deus Pai. As pessoas são criaturas de Deus por não serem o mesmo tipo de ser que Deus (não ser da mesma espécie). 

Obs.1: Não me refiro ao nascimento virginal com essa alegação. Estou tratando de Cristo como Filho de Deus mesmo antes de sua vida humana, pois isso o vincularia no tempo e Deus é eterno. Sendo Jesus gerado por Deus, e portanto, da mesma espécie que Deus, ele também é eterno. Na acepção de que a Bíblia nos chama de "filhos de Deus" é levando em consideração a aceitação de um "contrato legal" com Deus, logo os seres humanos são, em Cristo, legalmente filhos adotivos de Deus. As pessoas são criaturas de Deus por não serem o mesmo tipo de ser que Deus (não ser da mesma espécie).  
***

§ 3º. "Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria" 
Premissas: 

1 - Nascimento virginal é biologicamente possível em alguns animais. O fenômeno se chama partenogênese, só pro caso de você achar a idéia do nascimento virginal impossível ou absurda. 
2 - Deus criou a matéria e a organizou. Logo: Deus sabe como manipular a matéria a ponto de produzir efeitos aparentemente impossíveis, como o nascimento virginal de um humano. 

***

§ 4º. Jesus padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos Foi crucificado, morto e sepultado. 

Referências: 
# Mateus 27:11-26 
# Marcos 15:1-15 
# Lucas 23:13-25 
# João 18:28-40 
# João 19:1-16 
# Lucas 23:8-12 

Referências extra-bíblicas da crucificação: 

*"Julio Africano cita o historiador Talo em uma discussão sobre as trevas que sucederam a crucificação de Cristo (Escritos Existentes, 18).

*Tácito, romano do primeiro século, que é considerado um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, mencionou “cristãos” supersticiosos (“nomeados a partir de Christus”, palavra latina para Cristo), que sofreram nas mãos de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Seutônio, secretário chefe do Imperador Adriano, escreveu que houve um homem chamado Chrestus (ou Cristo) que viveu durante o primeiro século (“Anais” XV,44). 

*O Talmude da Babilônia (Sanhedrin 43 a) confirma a crucificação de Jesus na véspera da Páscoa, e as acusações contra Cristo de usar magia e encorajar a apostasia dos judeus. 

*Luciano de Samosata foi um escritor grego do segundo século que admite que Jesus foi adorado pelos cristãos, introduziu novos ensinamentos e foi por eles crucificado. Ele disse que os ensinamentos de Jesus incluíam a fraternidade entre os crentes, a importância da conversão e de negar outros deuses. Os Cristãos viviam de acordo com as leis de Jesus, criam que eram imortais, e se caracterizavam por desdenhar da morte, por devoção voluntária e renúncia a bens materiais. 

*A vasta maioria de estudiosos (cristãos ou não-cristãos) apoiam que as Epístolas de Paulo (pelo menos algumas delas) foram de fato escritas por Paulo no meio do primeiro século d.C., menos de 40 anos após a morte de Jesus. 

*Em termos de manuscritos antigos que sirvam como provas, esta forte é extraordinária prova da existência de um homem chamado Jesus em Israel no começo do primeiro século d.C. Também é importante reconhecer que no ano 70 d.C. os Romanos invadiram e destruíram Jerusalém e a maior parte de Israel, chacinando seus habitantes. Cidades inteiras foram literalmente incendiadas e desapareceram! Não deveríamos nos surpreender, então, que muitas das provas da existência de Jesus tenham sido destruídas. Muitas das testemunhas oculares de Jesus teriam sido mortas. Estes fatos provavelmente limitaram a quantidade de relatos vindos de testemunhas oculares de Jesus." 


Para não me estender demais nesse tópico, vejam "O Jesus Histórico". 

***

§ 5º. "Jesus desceu em Hades, ressurgiu dos mortos ao terceiro dia." 
Efésios 4.9 Mateus 28:2-4 (entre outras, mas acho essa mais tchan!) 

Hades = literalmente o mundo dos mortos para os gregos. Alusão metafórica à morte de Cristo. Deus é tido nas escrituras como "o Pai das Luzes" (Tiago 1:17-18). Morte em hebraico é também "escuridão". Curiosamente, a escuridão é apenas ausência de luz, e mais curiosamente ainda na Bíblia morte é sinônimo de separação de Deus, logo "ausência de luz". Em grego, não muito diferente, morte significava "separação" Logo, por morte entenda-se não apenas a morte física mas a separação que Jesus experimentou de Deus, segundo Mt 27:46. 


***

§ 6º. Jesus subiu ao Céu (metafísico) diante de testumunhas oculares (Marcos 16:19; Lucas 24:51; Atos 1:11) que não poderiam dar falso testemunho por ensinamento tanto da Lei Mosaica como do próprio Jesus (Mateus 19:18; Marcos 10:19 e Lucas 18:20):

Pode não ser grande evidência para quem não crê em Cristo, mas partindo do pressuposto que ele não era um maluco e sim o Filho de Deus e tendo Ele afirmado ser a verdade em João 14:6 e ter afirmado ser o diabo o pai da mentira em João 8:44 partindo da idéia de que Deus não mente (Números 23:19) e que Deus foi a causa da morte fulminante de Ananias e Safira por mentirem (Atos 5:1-11) eles devem estar dizendo a verdade ou Deus permitiria falsos testemunhos desse calibre, o que me parece impossível. 

***

§ 7º. "Cristo há de vir a julgar os vivos os mortos" Apocalipse 20:11 até o final de Apocalipse. Relaxa! Apocalipse termina no capítulo 22. É fácil checar. 

***

§ 8º. A Fé no Espírito Santo:

A Bíblia é um tanto quanto vaga no que diz respeito ao Espírito Santo. e é a interpretação do mesmo como pessoa divina que dá base à noção teológica implícita na bíblia, mas nunca diretamente abordada da TRINDADE. Sim meus amigos, a noção de Trindade é extra-bíblica. Então, explicando a pessoalidade do Espírito Santo explicamos a Trindade. 

Comecemos por um exemplo: quando muitas pessoas tem uma atitude similar diante de um objetivo comum, costumamos dizer que essas pessoas estão no mesmo "espírito". Todo aquele que obedece a Cristo, obedece a Deus Pai que o enviou (João 3:16; 8:49; 14:6-9; 20:21 e Mateus 20:25-28, além de Marcos 13:32, etc são várias as citações bíblicas nesse sentido e não vou me alongar mais). Logo, quem obedece a Cristo está "no Espírito de Deus". Daí que em a chamada "blasfêmia contra o Espírito Santo" - único pecado que Jesus declarou imperdoável em Mt 12.31,32; Mc 3.28,29; Lc 12.10 - ser a rejeição consciente, constante e deliberada em aceitar o contrato/testamento com Deus. Não pode ser perdoado porque simplesmente se rejeita o perdão que Deus nos oferece por meio de Cristo. Lendo o contexto das citações fica claro que Jesus estava se referindo aos fariseus e às contantes rejeições dos mesmos à sua doutrina - logo eles, doutores da lei judaica que deveriam ter sido os primeiros a reconhecê-lo como o Messias. Realmente imperdoável! 

Creio ainda que essa é a única explicação possível para tais passagens olhando pelo contexto. Se fôssemos interpretar de forma menos ampla acharíamos ser a blasfêmia contra o Espírito Santo atribuir ao diabo uma obra de Deus ou vice-versa: não discernir o bem do mal - a idolatria então seria distinguível desse pecado apenas pela deliberação que há no primeiro em contraste com a ignorância dos fatos que há no segundo, assim sendo nenhum idólatra arrependido poderia ser salvo e a Bíblia não aponta nesse caminho nem no antigo nem no novo testamento. O primeiro patriarca hebreu, Abraão, pai da fé, adorava outros deuses antes do verdadeiro. Então toda a revelação divina seria vã porque na verdade nunca houve possibilidade de reconciliação com Deus - o que seria absurdo! 

Chegamos nesse ponto, mas ainda não dispomos de uma evidência da pessoalidade do Espírito Santo. Lewis argumenta em defesa da pessoalidade do Espírito Santo da seguinte forma: 

"Pessoas de todos os tipos gostam de repetir a afirmação cristã de que "Deus é amor". Elas não se dão conta de que essas palavras só podem significar alguma coisa se Deus contiver pelo menos duas pessoas. O amor é algo que uma pessoa sente por outra. Se Deus fosse uma única pessoa, não poderia ter sido amor antes da criação do mundo. E claro que, em geral, o que essas pessoas querem dizer é algo bastante diferente: "O amor é Deus." Querem dizer, na realidade, que nossos sentimentos amorosos, como quer e onde quer que surjam, e quaisquer que sejam seus efeitos, devem ser tratados com todo o respeito. Pode até ser, mas trata-se de algo bem diferente do que os cristãos entendem pela afirmação "Deus é amor". 

Cristãos acreditam que a atividade vivida e dinâmica do amor sempre esteve presente em Deus, desde toda a eternidade, e criou todas as outras coisas. Aliás, talvez seja essa a diferença fundamental entre o cristianismo e todas as outras religiões: no cristianismo, Deus não é um ente estático - nem mesmo uma pessoa estática -, mas uma atividade pulsante e dinâmica; é uma vida dotada de grande complexidade interna. E quase — por favor, não me julguem irreverente - como uma dança. A união entre o Pai e o Filho é algo tão vivo e concreto que ela mesma é também uma pessoa. Sei que isso é quase inconcebível, mas tente compreender a questão sob este ponto de vista: você sabe que, entre os seres humanos que se unem numa família, num clube ou num sindicato, as pessoas falam do "espírito" dessas agremiações. Falam desse "espírito" porque os membros individuais, quando estão juntos, desenvolvem maneiras particulares de conversar e de se comportar que não desenvolveriam se não estivessem juntos. E como se uma personalidade comunal ganhasse existência. 

É claro que, nesse exemplo, não se trata de uma pessoa real: é apenas algo que se parece com uma pessoa. Mas essa é somente uma das diferenças entre Deus e nós. Aquilo que nasce da vida conjunta do Pai e do Filho é uma pessoa real; é, com efeito, a terceira das três pessoas de Deus. Essa Terceira Pessoa é chamada, em linguagem técnica, de Espírito Santo ou "Espírito de Deus". Não se preocupe nem se surpreenda se acontecer de você achar essa pessoa mais vaga e misteriosa que as outras duas. Penso que existe uma razão para que isso aconteça. Na vida cristã, nós não costumamos olhar para ele. Ele está sempre agindo através de nós, Se você imagina o Pai como algo que está "fora", à sua frente, e imagina o Filho como alguém que está ao seu lado, ajudando-o a orar, tentando fazer de você também um filho de Deus, então tem de conceber a terceira pessoa como algo dentro de você, ou atrás de você. Talvez algumas pessoas achem mais fácil começar pela terceira pessoa e fazer o caminho inverso. 

Deus é amor, e esse amor opera através dos homens — especialmente através de toda a comunidade cristã. Mas esse espírito de amor é, desde toda a eternidade, um amor que se dá entre o Pai e o Filho."


É uma idéia estranha? Sim. Mas lembre-se que estamos falando de um Criador não criado. Idéia igualmente estranha e paradoxal, porém coesa e não-contraditória (apesar de olhando à primeira vista parecer absurda). 

Fica mais fácil de se entender quando se admite a autoridade bíblica. O link abaixo apresenta uma série de citações bíblicas para embasar a idéia de que o Espírito Santo é uma PESSOA da Trindade: http://www.iprb.org.br/estudos_biblicos/estudos_1-50/est13.htm 

***

§ 9º. A igreja é santa universal*. 
Referências: Levítico 11:44 Mateus 28:16-20 Marcos 16:15 

A problemática dessa questão está na etimologia das palavras usadas. Lembrando que a Bíblia foi escrita em Hebraico (e num dialeto hebraico conhecido como Aramaico) no Antigo Testamento e em Grego Koiné no Novo Testamento.
 
Vamos por partes... 

*IGREJA: do Grego ekklêsia "assembléia, reunião", através do Latim ecclesia. O substantivo grego deriva do verbo kalein "chamar, invocar, convocar", o termo inicialmente designava o conjunto de fiéis e não a construção. A palavra atual é derivada de formas arcaicas como eigreja, eigleja e eigleija. Em alguns topônimos portugueses o nome sofreu aférese, isto é, a supressão da vogal da primeira sílaba: Grijó (<*Ecclesiola). Equivalentes neolatinos são o Francês eglise, o Italiano chesia e o Espanhol iglesia. O verbo grego kalein é considerado como derivado da raiz proto-indo-européia *kelh2-/kh2el- "proclamar, gritar", a mesma presente no latim cala:re e no inglês hale "puxar, arrastar" (link: http://mitoblogos.blogspot.com/2008/04/etimologia-14-igreja.html). 

*SANTO: Palavra que nos foi tranliterada do "hágios" (gr.: santo, "separado") ou, por extensão ao seu equivalente hebráico: "kadosh" link: http://mariogoretti.blogspot.com/p/etimologia-greco-latina-ekklesia.html 

*UNIVERSAL: Etimologicamente, universal significa "unum versus alia", um que se verte em muitos. Em seu significado real, universal é o que por natureza é apto a predicar-se de muitos (...). Ora, se o universal é o que é apto de predicar-se de muitos, isso significa que o que é universal é comum de muitos (link: http://www.aquinate.net/portal/Tomismo/Filosofia/tomismo-filosofia-a-filosofia-da-linguagem-tomista.htm). Logo, o que a frase realmente quer dizer para um cristão é: "Aqueles que proclamam as palavras de Cristo a todos são santos". Ou de outra forma: "Proclamando as palavras de Cristo a todos somos/seremos santos". 

***

§ 10º. A comunhão do santos: Conseqüência imediata da cláusula anterior supracitada:

Se proclamamos as mesmas coisas temos um mesmo ponto de vista, então "estamos no mesmo espírito", logo, estamos de comum acordo (comunhão=comum acordo). *** 

***

§ 11º. Na remissão dos pecados:

Pecado em grego é "hamartia". O significado primeiro do termo grego é "falha", ou melhor, falha em atingir a marca, o alvo; errar o alvo; falha em alcançar a finalidade para a qual se foi criado. Gritava-se essa palavra durante as competições olímpicas de arco e flecha se o competidor errasse o alvo (link: http://www.sophia.bem-vindo.net/tiki-index.php?page=hamartia). 

Remissão ao pé da letra significa "pagamento". Imagine as pessoas como empregados de Deus. Errar o propósito para o qual Deus é não fazer nosso trabalho para o qual ele nos pagaria. Logo, é o mesmo que estar em débito com ele e sujeito a penalidades (Romanos 6.23) e a penalidade é a única consequência possível lidando com um Deus justo. Mas a penalidade não é uma penalidade em si. Você não tem como pagar a dívida e o efeito imediato é teu nome ir pro SERASA até quitar a dívida. Mas aí o próprio Deus resolve quitá-la pra você! Com o próprio capital dele!!!! Isso é remissão. Nossa era a morte e a separação de Deus pela eternidade por conta da nossa escolha de sermos "vagabundos" no trabalho que Deus nos deu (ser sua imagem e semelhança). Se você quiser Deus paga a si mesmo pra saldar a SUA dívida. Se não quiser... bem... "tu é burro hein mermão!"

***

§ 12º. Na ressurreição do corpo na vida eterna.

Inciso 1.º - Essência imortal: Longe de tentar entrar nas pataquadas sem diferença nenhuma na prática como são dicotomia e tricotomia, a idéia de alma imortal é a única conclusão possível no Cristianismo já que Deus não entra em contradição. Meditem: se as premissas de ressurreição e vida eterna com Deus são reais é necessário que haja uma contrapartida a partir da qual a bênção eterna tenha contraste. Logo o afastamento eterno de Deus por parte daqueles que não aceitaram o assinar o "contrato" com Cristo. A vida após a morte é largamente citada na Bíblia no Novo Testamento. Jesus usou a idéia na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31) e apresentou a idéia de inferno. Assim como não há livre-arbítrio sem o mal, o inferno é que dá sentido à existência de uma vida após a morte ao lado de Deus. Para entender melhor essa estranha noção, veja "Por que Todo Mal é Necessário?

A ressurreição é uma promessa tanto para vida eterna (estar sempre com Deus) assim como para a morte eterna (separado dEle que é fonte de todo bem, logo o que sobra é a ausência do bem, a saber o sofrimento). Bases: João 5:28-29 (morte eterna) e 11:19-27 (vida eterna). Ambas declaradas por Jesus não só nessa, mas em outras citações bíblicas. 

Inciso 2.º - O inferno existe: Como as referências ao inferno feitas pelo próprio Jesus aparentemente superam as referências sobre o céu, vou citar apenas as referências que ele usa do inferno em Mateus: 8:12; 13:42; 13:50; 22:13; 24:51; 25:30. Negar a existência do inferno ou da vida eterna seria chamar Jesus de mentiroso, afinal são as palavras dele. E nas palavras de Jesus temos a confirmação implícita que a essência humana (alma, espírito, ou seja lá como queira chamar) é imortal. 


Nota: Caso nunca tenha lido a Bíblia e for checar as referências note que Jesus comumente chamava a si mesmo de "Filho do Homem" assim como o Jiraya chamava a si mesmo de "sucessor de Togakuri". Não se assuste com isso. Mesmo para os mais céticos a única opção lógica é admitir que um Criador/Deus existe. Já a fé em Cristo depende de evidências que, embora sejam conseqüência da existência de Deus, precisam de fundamentação histórica enquanto a existência de Deus pode ser confirmada usando apenas a lógica. Curioso, né?

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