Os ensinamentos de Cristo... Salvação para uns, loucura para outros. Paulo já afirmava isso em 1 Coríntios 1:23 (não confundir com o time de futebol!):
"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."
Já citei um exemplo da força que a fé pode ter a ponto de se morrer por ela num artigo recente citando até uma provocantemente reflexiva letra de uma banda secular a respeito do tema.
O que ainda não foi usado como argumento é justamente o caráter dos ensinamentos de Cristo. E isso faz toda a diferença...
Morrer pela fé já é, por si só, uma demonstração muito intensa de fé. A definição de fé no dicionário Aurélio é: "fé, no sentido religioso é a "crença religiosa; conjunto de dogmas e doutrinas que constitui um culto" enquanto que na Bíblia a fé é definida em Hebreus 11:1: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem". Portanto, a Bíblia trata de questões que estão além da ciência materialista, ela trata em seu cerne de questões morais e metafísicas.
Sugiro uma leitura dos textos "Em que crêem os cristãos verdadeiros?" e "Em que crêem os cristãos verdadeiros... E por quê?."
Pra falar sobre esse assunto talvez seja necessário antes fazer um pequeno paralelo sobre a evolução intelectual humana. É atribuída a Isaac Newton a seguinte frase, falando sobre seu intelecto e suas descobertas: "Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes".
Pra quem já leu qualquer coisa de Jean Piaget fica claro que a evolução intelectual infantil e a evolução intelectual humana da Idade da Pedra até hoje são extremamente similares. O nosso período mítico, por exemplo, pode ser comparado ao pensamento mágico infantil; o nascimento da filosofia é como a famosa "fase dos por quês" (característica marcante do personagem "Zequinha" da série clássica da TV Cultura, "Castelo Rá-Tim-Bum"), a pré-adolescência é marcada pelo que Piaget chamava de Pensamento Concreto que é a base da ciência moderna (por isso nessa fase crianças gostam e ficam tão seduzidos por fazer, participar e presenciar experiências caseiras - para essa faixa etária foi criada a famosa série "O Mundo de Beakman") e a fase atual da humanidade, ao menos pra mim, é a adolescência devido a todas as confusões éticas, morais e sexuais que a sociedade (principalmente a ocidental) tem se afundado. Não é que o processo seja uniforme - não é (ao contrário do que possam dizer os positivistas). Ainda há tribos primitivas no mundo atual e também há locais que são tão diferentes de nós nesse sentido, a nível tecnológico ou legal que qualquer sociólogo que se preze prevê que nosso Brasil, como tantas nações colonizadas e exploradas (não necessariamente nessa ordem) só será similar daqui a alguns séculos. Não é que eu prefira o Ocidente, mas com a vitória do capitalismo sobre o comunismo nosso estilo de vida está se propagando como um vírus.
Se a humanidade se encontra numa espécie de "adolescência" podemos destacar a questão da busca de identidade como uma endemia humana do nosso tempo. Seguindo a evolução mental que nos fez chegar a esse ponto podemos notar que, no princípio se acreditava em qualquer coisa e éramos mais sujeitos a jogos mentais no estilo do "o mestre mandou", seguindo-se a isso uma fase de ceticismo e experimentalismo típica das ciências e finalmente as pessoas deixam de lado o estudo do longínquo e estranho dos interesses pessoais e passam a olhar pros semelhantes e pro próprio umbigo tentando descobrir qual seu papel no grupo. Nascem as ciências sociais.
Engraçado notar também que lá pelo meio da adolescência, especialmente se você está um tanto deslocado em relação ao grupo, você assume a postura de "não me importo com os outros, eu cuido da minha vida" - temos então, além de uma contradição, afinal só se reage assim quem se importa com a opinião alheia, a idéia norteadora que dá à luz a chamada Psicologia.
Cheia de termos técnicos para chamar o que os antigos definiam apenas como egoísmo, a Psicologia marcou toda uma geração com idéias que parecem saídas de um disco dos Rolling Stones com frases feitas e jargões como "saia do armário", "do what you want", self ou alter ego, auto-estima (isso é possível? Ou melhor: isso é necessário?), e "fica comigo esta noite e não te arrependerás"... modo como carinhosamente chamo a teoria da libido freudiana.
O que torna a Psicologia tão atraente é o mesmo anúncio do antigo Oráculo de Delfos que seduziu Sócrates (não o jogador de futebol, o filósofo!): "conhece-te a ti mesmo..." Mesmo sem saber pra quê ou como diabos isso poderia ajudar na sua vida, o que justifica as pessoas passarem tantos anos sustentando seus terapeutas, se é que vocês me entendem. Além do fato de que se tornar alguém melhor moralmente tem mais a ver com enxergar o sofrimento do próximo e ajudar a minimizá-lo do que entrar num jogo narcisista de auto-conhecimento.
Aí você pergunta: Que diabos isso tem a ver com Jesus? E eu digo: Deixa eu terminar, pô!
Não é de hoje que a Psicologia vem sendo associada ao espiritismo, movimento New Age, religiões orientais, etc. O caso é que a estrutura terapêutica da Psicologia é muito parecida com a de qualquer religião: siga minhas instruções e meus rituais e você será algo melhor: uma pessoa boa, uma divindade, parte do universo, um cidadão bem ajustado e blá blá blá...
O que torna Cristo e seus ensinamentos especiais é dizer exatamente o oposto por dois motivos simples:
1 - É impossível obedecer seus preceitos sem se tornar moralmente perfeito no processo, e como nunca conheci ninguém nem perto de perfeito posso conjecturar que não estamos tendo muito sucesso nisso.
2 - Ele não exige que você os cumpra pra ser alguém melhor - ele faz isso por nós.
A moral cristã macroscópica segue a lógica binária, portanto: ou você aceita ou rejeita o "contrato" com Cristo. Simples assim. A julgar pelo PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO ser uma das principais bases que permite o raciocínio e, logo, fazer escolhas, não é de admirar que a visão moral cristã seja, assim como a moral universal encontrada em qualquer comunidade por mais primitiva, dualista. Resume-se em certo e errado. Mesmo a matéria realiza sua interações mais básicas contrapondo forças positiva e negativa (seja na energia nuclear ou eletro-magnetismo, etc). Binário é o sistema lógico mais simples, porém funcional, existente, além de ser literalmente universal. Me arrisco a dizer que universo foi criado em binário, mas o diferencial do Cristianismo é o fato de, apesar de ser reducionista e absolutista (motivo pelo qual se afirma como a única verdadeira fé) Deus trouxe a Graça como um terceiro elemento para permitir o perdão inserindo paradoxos na realidade como ele próprio ser ao mesmo tempo homem e Deus e aqueles que o aceitam, mesmo ainda passíveis de pecado, serem "templo do Espírito Santo" quando no Antigo Testamento a morte/separação de Deus era a única consequência do pecado. Isso é lógica quântica.
Admitindo que Jesus existiu historicamente e que a história narrada de sua vida era verdadeira (e ela é) só nos restam duas opções:
1 - Dobrar os joelhos e reconhecer que ele é Deus ou
2 - Admitir que o cara era doidão, maluco, pinel, sem um pingo de juízo! Afinal, o cara dizia que era um só com Deus Pai, o que equivale a dizer que ele mesmo era Deus (o que seria uma blasfêmia punível com a morte - algo inadmissível e jamais propagado sob qualquer forma por mais enrustida que fosse na rígida e estóica religião judaica), além de que dizia que ia morrer e ressuscitar precisamente 3 dias depois! Como assim?
O Cristianismo é a ÚNICA religião que afirma categoricamente que TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS!! Romanos 3:23 - o que traduzindo significa: PERDEU PLAYBOY! Jesus nunca nos deu opção de encará-lo como um "mestre moral", ou um "revolucionário socialista". Ele sabia porque estava aqui. Sabia que se não morresse cumprindo as próprias exigências de perfeição de seu "contrato" como Deus tudo que nos restaria seria apenas sofrimento. AO HOMEM É DADO MORRER APENAS UMA VEZ, SEGUE-SE DEPOIS O JUÍZO (Hb 9:27). E esse juízo pós-morte é a consequência da quebra de contrato. Segue perfeitamente as leis de causa e efeito que norteiam não só a lógica como o comportamento da matéria. Se não crês que Jesus é o legítimo Filho de Deus, rejeite-o. Curiosamente essa é a única rejeição com um mínimo de respeito pela pessoa de Jesus e aquilo que ele ensinou. É um paradoxo companheiros, não uma contradição. Então, respeite Jesus assim como ele respeita suas livres escolhas mesmo sabendo que você está errado e podendo te dar um hadduken a qualquer momento.
"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."
Já citei um exemplo da força que a fé pode ter a ponto de se morrer por ela num artigo recente citando até uma provocantemente reflexiva letra de uma banda secular a respeito do tema.
O que ainda não foi usado como argumento é justamente o caráter dos ensinamentos de Cristo. E isso faz toda a diferença...
Morrer pela fé já é, por si só, uma demonstração muito intensa de fé. A definição de fé no dicionário Aurélio é: "fé, no sentido religioso é a "crença religiosa; conjunto de dogmas e doutrinas que constitui um culto" enquanto que na Bíblia a fé é definida em Hebreus 11:1: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem". Portanto, a Bíblia trata de questões que estão além da ciência materialista, ela trata em seu cerne de questões morais e metafísicas.
Sugiro uma leitura dos textos "Em que crêem os cristãos verdadeiros?" e "Em que crêem os cristãos verdadeiros... E por quê?."
Pra falar sobre esse assunto talvez seja necessário antes fazer um pequeno paralelo sobre a evolução intelectual humana. É atribuída a Isaac Newton a seguinte frase, falando sobre seu intelecto e suas descobertas: "Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes".
Pra quem já leu qualquer coisa de Jean Piaget fica claro que a evolução intelectual infantil e a evolução intelectual humana da Idade da Pedra até hoje são extremamente similares. O nosso período mítico, por exemplo, pode ser comparado ao pensamento mágico infantil; o nascimento da filosofia é como a famosa "fase dos por quês" (característica marcante do personagem "Zequinha" da série clássica da TV Cultura, "Castelo Rá-Tim-Bum"), a pré-adolescência é marcada pelo que Piaget chamava de Pensamento Concreto que é a base da ciência moderna (por isso nessa fase crianças gostam e ficam tão seduzidos por fazer, participar e presenciar experiências caseiras - para essa faixa etária foi criada a famosa série "O Mundo de Beakman") e a fase atual da humanidade, ao menos pra mim, é a adolescência devido a todas as confusões éticas, morais e sexuais que a sociedade (principalmente a ocidental) tem se afundado. Não é que o processo seja uniforme - não é (ao contrário do que possam dizer os positivistas). Ainda há tribos primitivas no mundo atual e também há locais que são tão diferentes de nós nesse sentido, a nível tecnológico ou legal que qualquer sociólogo que se preze prevê que nosso Brasil, como tantas nações colonizadas e exploradas (não necessariamente nessa ordem) só será similar daqui a alguns séculos. Não é que eu prefira o Ocidente, mas com a vitória do capitalismo sobre o comunismo nosso estilo de vida está se propagando como um vírus.
Se a humanidade se encontra numa espécie de "adolescência" podemos destacar a questão da busca de identidade como uma endemia humana do nosso tempo. Seguindo a evolução mental que nos fez chegar a esse ponto podemos notar que, no princípio se acreditava em qualquer coisa e éramos mais sujeitos a jogos mentais no estilo do "o mestre mandou", seguindo-se a isso uma fase de ceticismo e experimentalismo típica das ciências e finalmente as pessoas deixam de lado o estudo do longínquo e estranho dos interesses pessoais e passam a olhar pros semelhantes e pro próprio umbigo tentando descobrir qual seu papel no grupo. Nascem as ciências sociais.
Engraçado notar também que lá pelo meio da adolescência, especialmente se você está um tanto deslocado em relação ao grupo, você assume a postura de "não me importo com os outros, eu cuido da minha vida" - temos então, além de uma contradição, afinal só se reage assim quem se importa com a opinião alheia, a idéia norteadora que dá à luz a chamada Psicologia.
Cheia de termos técnicos para chamar o que os antigos definiam apenas como egoísmo, a Psicologia marcou toda uma geração com idéias que parecem saídas de um disco dos Rolling Stones com frases feitas e jargões como "saia do armário", "do what you want", self ou alter ego, auto-estima (isso é possível? Ou melhor: isso é necessário?), e "fica comigo esta noite e não te arrependerás"... modo como carinhosamente chamo a teoria da libido freudiana.
O que torna a Psicologia tão atraente é o mesmo anúncio do antigo Oráculo de Delfos que seduziu Sócrates (não o jogador de futebol, o filósofo!): "conhece-te a ti mesmo..." Mesmo sem saber pra quê ou como diabos isso poderia ajudar na sua vida, o que justifica as pessoas passarem tantos anos sustentando seus terapeutas, se é que vocês me entendem. Além do fato de que se tornar alguém melhor moralmente tem mais a ver com enxergar o sofrimento do próximo e ajudar a minimizá-lo do que entrar num jogo narcisista de auto-conhecimento.
Aí você pergunta: Que diabos isso tem a ver com Jesus? E eu digo: Deixa eu terminar, pô!
Não é de hoje que a Psicologia vem sendo associada ao espiritismo, movimento New Age, religiões orientais, etc. O caso é que a estrutura terapêutica da Psicologia é muito parecida com a de qualquer religião: siga minhas instruções e meus rituais e você será algo melhor: uma pessoa boa, uma divindade, parte do universo, um cidadão bem ajustado e blá blá blá...
O que torna Cristo e seus ensinamentos especiais é dizer exatamente o oposto por dois motivos simples:
1 - É impossível obedecer seus preceitos sem se tornar moralmente perfeito no processo, e como nunca conheci ninguém nem perto de perfeito posso conjecturar que não estamos tendo muito sucesso nisso.
2 - Ele não exige que você os cumpra pra ser alguém melhor - ele faz isso por nós.
A moral cristã macroscópica segue a lógica binária, portanto: ou você aceita ou rejeita o "contrato" com Cristo. Simples assim. A julgar pelo PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO ser uma das principais bases que permite o raciocínio e, logo, fazer escolhas, não é de admirar que a visão moral cristã seja, assim como a moral universal encontrada em qualquer comunidade por mais primitiva, dualista. Resume-se em certo e errado. Mesmo a matéria realiza sua interações mais básicas contrapondo forças positiva e negativa (seja na energia nuclear ou eletro-magnetismo, etc). Binário é o sistema lógico mais simples, porém funcional, existente, além de ser literalmente universal. Me arrisco a dizer que universo foi criado em binário, mas o diferencial do Cristianismo é o fato de, apesar de ser reducionista e absolutista (motivo pelo qual se afirma como a única verdadeira fé) Deus trouxe a Graça como um terceiro elemento para permitir o perdão inserindo paradoxos na realidade como ele próprio ser ao mesmo tempo homem e Deus e aqueles que o aceitam, mesmo ainda passíveis de pecado, serem "templo do Espírito Santo" quando no Antigo Testamento a morte/separação de Deus era a única consequência do pecado. Isso é lógica quântica.
Admitindo que Jesus existiu historicamente e que a história narrada de sua vida era verdadeira (e ela é) só nos restam duas opções:
1 - Dobrar os joelhos e reconhecer que ele é Deus ou
2 - Admitir que o cara era doidão, maluco, pinel, sem um pingo de juízo! Afinal, o cara dizia que era um só com Deus Pai, o que equivale a dizer que ele mesmo era Deus (o que seria uma blasfêmia punível com a morte - algo inadmissível e jamais propagado sob qualquer forma por mais enrustida que fosse na rígida e estóica religião judaica), além de que dizia que ia morrer e ressuscitar precisamente 3 dias depois! Como assim?
O Cristianismo é a ÚNICA religião que afirma categoricamente que TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS!! Romanos 3:23 - o que traduzindo significa: PERDEU PLAYBOY! Jesus nunca nos deu opção de encará-lo como um "mestre moral", ou um "revolucionário socialista". Ele sabia porque estava aqui. Sabia que se não morresse cumprindo as próprias exigências de perfeição de seu "contrato" como Deus tudo que nos restaria seria apenas sofrimento. AO HOMEM É DADO MORRER APENAS UMA VEZ, SEGUE-SE DEPOIS O JUÍZO (Hb 9:27). E esse juízo pós-morte é a consequência da quebra de contrato. Segue perfeitamente as leis de causa e efeito que norteiam não só a lógica como o comportamento da matéria. Se não crês que Jesus é o legítimo Filho de Deus, rejeite-o. Curiosamente essa é a única rejeição com um mínimo de respeito pela pessoa de Jesus e aquilo que ele ensinou. É um paradoxo companheiros, não uma contradição. Então, respeite Jesus assim como ele respeita suas livres escolhas mesmo sabendo que você está errado e podendo te dar um hadduken a qualquer momento.
Excelente Explicação...parabéns!
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