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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ateísmo, Zeitgeist e Outras Parafernálias da Atualidade - Parte 1

E aí pessoal? Recentemente assisti um documentário que tem gerado uma certa polêmica a respeito da existência do Jesus histórico... Sim, estou falando de Zeitgeist. De imediato ao assistir pensei "os mesmos argumentos usados para desmentir a existência do Jesus histórico poderiam ser usados para confirmar sua existência", mas isso fica pra outro tópico. Que tal se a gente começasse a pensar juntos sobre o assunto?
 
Resolvi que começaria falando sobre a hipótese da existência de Deus (já que obviamente os organizadores do documentário são ateus) usando nada além da lógica e do básico conhecimento que dispomos ao observar como a matéria se comporta. Coisa simples que qualquer criança sabe, mas numa linguagem mais rebuscada pra fazer gente grande achar que sou mais inteligente do que realmente sou... kkkkkk!
Vamos lá?

O Problema da Existência de Deus


A existência de Deus é uma necessidade lógica já que não existem comprovação alguma que o nada e a simples interação da matéria possa criar inteligência. No âmbito da vida biológica, partindo da idéia oriunda da simples observação, é fato que x gera x: Cães geram cães, ratos geram ratos, humanos geram humanos. No campo da tecnologia apenas inteligência gera inteligência. É mais racional acreditar que a vida inteligente tenha sido projetada por algo, mesmo que não se admita ser esse algo Deus. 
 
O nascimento do universo é um fato confirmado pela radiação de fundo existente no espaço e por sua própria expansão, mas isso poderia muito bem ser deduzido antes de ser confirmado pela ciência do seguinte modo: Quando alguma coisa, qualquer coisa começa, é porque algo provocou o fenômeno... como quando um jarro cai no chão. Você derruba o jarro de flores da sua mãe jogando futebol dentro de casa, mas pra sua mentira convencer que você é inocente é preciso que outra causa provável seja dada como desculpa: outra pessoa derrubou, o vento tava forte, as pernas da mesa tem tamanho desigual e isso a deixa instável a qualquer movimento, mas nunca, nunca NUNCA se uma criança raciocinar bem dirá "ele caiu sozinho" ou vai apanhar legal!
 
Se o universo começa em um determinado ponto, não é eterno, o que refuta qualquer esperança de crescente evolução porque em tempo eterno os estágios de evolução já teriam se esgotado, mas alguns acham que esse argumento não faz sentido. Outra coisa que não faz sentido é crer que o universo seja eterno e não-causado e que a organização seja uma tendência progressiva. É justamente o oposto. O universo foi causado, logo, terá fim - a entropia mostra como a energia tende a tornar-se inutilizável, ou "morrer" se preferir pôr assim e esse "morrer" é uma desorganização entrópica, uma "erosão". As coisas não progridem por natureza, declinam. Qualquer criança sabe que um brinquedo quebrado não se conserta sozinho, por isso pede ajuda a um adulto, tenta consertar sozinha ou pede um novo pra mamãe. 
 
O resultado de um experimento que compreendesse um conhecimento que não temos condições de analisar a partir do observável (o que é perfeitamente possível a nível quântico, por exemplo, segundo) seria indistinguível de magia, assim como quando crianças achamos que as máquinas tem poderes mágicos, e que realmente tem pessoas dentro da caixa que é a tv e coisa e tal... Mesmo que não se admita a idéia que aquilo que se chama comumente de "Deus" tenha gerado a vida na Terra, em algum ponto o cosmos teve que ser causado por alguma coisa ou alguém, e se esta coisa não é "Deus" ainda assim uma inteligência era necessária para organizar o resultado desse tal fenômeno para alguma direção que não fosse a natural entropia. Um monte de massinha de modelar não vira um castelinho por si só. Assim sendo, mesmo que a idéia de um "Deus Criador" possa não ser tão crível a olhos céticos, ainda há a questão do "Deus Organizador" enquanto inteligência não-natural. A existência de um "Deus" (e aqui uso essa palavra por me faltar algo melhor) é uma necessidade lógica, seja ele Criador ou Moldador/Organizador, e portanto cai na categoria lógica conhecida como Verdade Necessária (não podendo ser refutada por qualquer um que tenha o mínimo de bom senso - para saber mais sobre as categorias lógicas da VERDADE, consulte "DEUS E A LÓGICA BINÁRIA", texto antigão aqui do PROIBIDO PENSAR). Há aqueles que partilham da idéia de que Deus não apenas organizou mas criou o fenômeno que deu princípio ao universo. A questão nesse ponto passa a ser se Deus teria ou não uma inteligência moral (o que é bastante provável haja visto que a inteligência humana - única que conhecemos como parâmetro de comparação - também o possui, seja ela produto direto da criação oriunda de Deus ou uma "criação terceirizada", produzida por outros seres inteligentes também criados por Deus) que supomos ser produto direto ou indireto do mesmo e seria eterno ou não (o que tem uma maior possibilidade haja visto que a entropia pode ser revertida pela inteligência - a nível micro e macroscópico com intervenções constantes - daí a crença cristã que Deus não apenas cria, mas sustenta o universo).
 
No referente ao Cristianismo é um assunto complicado de tratar haja visto as conspirações do catoliscismo romano (que muita gente supostamente esclarecida acha ser sinônimo de CRISTIANISMO) terem maculado as crenças fundamentais a ponto de torná-lo uma instituição com a finalidade de manipulação social e lucro e há N visões histórica a respeito de como ocorreu. Mas Deus existe. E se ele possui uma natureza moral esta ficou impressa na configuração de nossa inteligência (tanto que o córtex orbito-frontal é conhecido por ser a área mais desenvolvida do cérebro humano e é justamente correspondente ao raciocínio moral). Se temos impressa em nossa inteligência noções de moral mais elevadas do que comumente praticamos ou ela é falsa, o que não parece muito provável - mesmo porque considero difícil pensar que toda a raça humana consciente em todas as épocas sofra de paranóia - algo está errado conosco por conta de alguma espécie de entropia a nível de consciência a que os cristãos chamam pecado.


Obs.: Para maiores informações, clique nos hiperlinks.

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