Raramente assisto TV, mas num momento saudosista e por insistência do meu irmão de 12 anos parei por alguns minutos em frente a esta caixa de pandora diante de nada mais nada menos que um filme chamado "O Monge À Prova de Balas".
Pois bem, eu me lembrava que o filme tratava de uma odisséia interessante envolvendo um monge tibetano e um toque de magia fantasiosa temperada por efeitos de ação típicos de filmes que prendem atenção quando se é um adolescente, eu mesmo já tinha assistido o filme quando tinha a mesma idade de meu irmão. Este artigo é sobre o que eu não me lembrava no filme...
Chega a ser engraçado o modo como formamos nossas opiniões sem nos dar conta ou refletirmos sobre a razão de escolhermos acreditar naquilo e não em outra coisa.
Houve um diálogo decisivo nesse filme em uma questão que muito me incomodava desde o momento que ingressei na faculdade de Psicologia... É comum no chamado "cinema verdade" passarem a idéia de que estão nos expondo à violência sob a alegação de que precisamos VER e entender que certos males existem para SÓ ENTÃO tomarmos uma ATITUDE à respeito. Argumento com o qual nunca concordei, mas que nunca tinha conseguido articular bem e cuja resposta, base do meu argumento, estava justamente nesse filme.
O que sempre se especula é se seria pior que os escorpiões ficassem no escuro ou fossem expostos à luz. Mas e se houver uma terceira possibilidade? Uma para a qual Cristo aponta?
Amar ao próximo como a si mesmo nunca foi tão mal interpretado quanto após o nascimento da era hollywoodiana. O termo que hoje vem sendo traduzido por "amor" em Bíblias mais antigas vem traduzido como "caridade", o que não é surpresa, já que os antigos diferenciavam tipos de amor. A caridade não tem a ver com os profundos e volúveis movimentos da paixão, ela é essencialmente assistencialista e visa minimizar o sofrimento dos necessitados. A questão não se trata de desejar ou mesmo sentir afinidade por todos de forma intensa mas sim "chorar com os que choram e se alegrar com os que cantam", se doar, assim como Cristo se doou. C. S. Lewis já explorava essa idéia em "Cristianismo Puro e Simples". Por diversas vezes nos odiamos por nos sentirmos culpados e não gostamos de nós mesmos por não nos relacionar bem com as pessoas ou não corresponder a um estereótipo que nossa família ou a sociedade, por meio da mídia, religião, status ou qualquer outro fator, nos impõem... mas isso não nos impede de tomar banho, comer, trabalhar e tentar viver mais um dia. É esse um tipo de apoio que podemos dar às pessoas por menor que seja nossa afinidade com elas e é a melhor forma de fazer as pessoas crerem quando notam que nós somos os canais pelos quais Deus leva seu amor aos cansados e oprimidos, e é o tipo de coisa que só nos dispomos a fazer quando negamos a nós mesmos. II CORÍNTIOS 14 fica bem diferente quando interpretado nessa ótica.
Nesse ponto você pergunta: Mas e o filme?! Lá pelo meio do filme, e por coincidência foi justo nessa cena que parei no sofá para assistir, há uma inauguração de um museu por parte e uma suposta ONG em prol dos direitos humanos. O dito museu retrata em imagens a dor, torturas e atrocidades humanas cometidas no decorrer da história. Na fala de uma das próprias personagens do filme "desde o império romano pessoas tem se levantado para denunciar e combater os abusos e lutar pelos direitos humanos, e a história mostra que falhamos... Que este museu sirva para nos lembrar da história de modo que ela nunca se repita e estimule ações mais humanitárias e que nós possamos nos tornar pessoas melhores" (estou reproduzindo de memória). As pessoas se dispersam após o discurso e uma jovem se aproxima da oradora e pergunta: "Eu compreendo o que quer dizer, mas não tem medo que isso sirva de inspiração pra algum grupo terrorista ou pra algum psicótico? Quer dizer, se é para tentar sensibilizar as pessoas não seria mais eficaz mostrar pessoas fazendo algo mais humanitário?" A cena que se segue fala por si... A oradora se volta para a jovem e lhe mostra um retrato de um terrorista se preparando para alvejar duas pessoas que tem suas cabeças cobertas e pergunta: "Seja sincera, qual deles você preferia ser? Quem está prestes a morrer ou quem vai apertar o gatilho?" E então sai, deixando a jovem com seus pensamentos...
Não sejamos tolos! A mídia comercializa a violência e cauteriza a mente para que sejamos amantes de nós mesmos. Acaso a violência da cruz não foi o bastante para trazer aos nossos olhos o horror e o arrependimento?
O conselho de Cristo ainda é o mesmo: Negue-se a si mesmo! Mt 16:24. "Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mt 15:19 ...E me permitam acrescentar, o gosto por assistir o sofrimento alheio também...
E sobre a fatídica pergunta sobre quem preferimos ser ("Quem amar a sua vida perdê-la-á. Mas quem perder sua vida por amor de mim achála-á!" Mt 10:39), não posso deixar de citar o massacre de Columbine e uma lição para não ser esquecida, uma garota chamada Cassie é questionada por um de seus assassinos se cria em Deus e seu SIM foi a última coisa que Cassie diria, a história foi musicada por uma das minhas bandas favoritas, Flyleaf:
Chega a ser engraçado o modo como formamos nossas opiniões sem nos dar conta ou refletirmos sobre a razão de escolhermos acreditar naquilo e não em outra coisa.
Houve um diálogo decisivo nesse filme em uma questão que muito me incomodava desde o momento que ingressei na faculdade de Psicologia... É comum no chamado "cinema verdade" passarem a idéia de que estão nos expondo à violência sob a alegação de que precisamos VER e entender que certos males existem para SÓ ENTÃO tomarmos uma ATITUDE à respeito. Argumento com o qual nunca concordei, mas que nunca tinha conseguido articular bem e cuja resposta, base do meu argumento, estava justamente nesse filme.
O que sempre se especula é se seria pior que os escorpiões ficassem no escuro ou fossem expostos à luz. Mas e se houver uma terceira possibilidade? Uma para a qual Cristo aponta?
Amar ao próximo como a si mesmo nunca foi tão mal interpretado quanto após o nascimento da era hollywoodiana. O termo que hoje vem sendo traduzido por "amor" em Bíblias mais antigas vem traduzido como "caridade", o que não é surpresa, já que os antigos diferenciavam tipos de amor. A caridade não tem a ver com os profundos e volúveis movimentos da paixão, ela é essencialmente assistencialista e visa minimizar o sofrimento dos necessitados. A questão não se trata de desejar ou mesmo sentir afinidade por todos de forma intensa mas sim "chorar com os que choram e se alegrar com os que cantam", se doar, assim como Cristo se doou. C. S. Lewis já explorava essa idéia em "Cristianismo Puro e Simples". Por diversas vezes nos odiamos por nos sentirmos culpados e não gostamos de nós mesmos por não nos relacionar bem com as pessoas ou não corresponder a um estereótipo que nossa família ou a sociedade, por meio da mídia, religião, status ou qualquer outro fator, nos impõem... mas isso não nos impede de tomar banho, comer, trabalhar e tentar viver mais um dia. É esse um tipo de apoio que podemos dar às pessoas por menor que seja nossa afinidade com elas e é a melhor forma de fazer as pessoas crerem quando notam que nós somos os canais pelos quais Deus leva seu amor aos cansados e oprimidos, e é o tipo de coisa que só nos dispomos a fazer quando negamos a nós mesmos. II CORÍNTIOS 14 fica bem diferente quando interpretado nessa ótica.
Nesse ponto você pergunta: Mas e o filme?! Lá pelo meio do filme, e por coincidência foi justo nessa cena que parei no sofá para assistir, há uma inauguração de um museu por parte e uma suposta ONG em prol dos direitos humanos. O dito museu retrata em imagens a dor, torturas e atrocidades humanas cometidas no decorrer da história. Na fala de uma das próprias personagens do filme "desde o império romano pessoas tem se levantado para denunciar e combater os abusos e lutar pelos direitos humanos, e a história mostra que falhamos... Que este museu sirva para nos lembrar da história de modo que ela nunca se repita e estimule ações mais humanitárias e que nós possamos nos tornar pessoas melhores" (estou reproduzindo de memória). As pessoas se dispersam após o discurso e uma jovem se aproxima da oradora e pergunta: "Eu compreendo o que quer dizer, mas não tem medo que isso sirva de inspiração pra algum grupo terrorista ou pra algum psicótico? Quer dizer, se é para tentar sensibilizar as pessoas não seria mais eficaz mostrar pessoas fazendo algo mais humanitário?" A cena que se segue fala por si... A oradora se volta para a jovem e lhe mostra um retrato de um terrorista se preparando para alvejar duas pessoas que tem suas cabeças cobertas e pergunta: "Seja sincera, qual deles você preferia ser? Quem está prestes a morrer ou quem vai apertar o gatilho?" E então sai, deixando a jovem com seus pensamentos...
Não sejamos tolos! A mídia comercializa a violência e cauteriza a mente para que sejamos amantes de nós mesmos. Acaso a violência da cruz não foi o bastante para trazer aos nossos olhos o horror e o arrependimento?
O conselho de Cristo ainda é o mesmo: Negue-se a si mesmo! Mt 16:24. "Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mt 15:19 ...E me permitam acrescentar, o gosto por assistir o sofrimento alheio também...
E sobre a fatídica pergunta sobre quem preferimos ser ("Quem amar a sua vida perdê-la-á. Mas quem perder sua vida por amor de mim achála-á!" Mt 10:39), não posso deixar de citar o massacre de Columbine e uma lição para não ser esquecida, uma garota chamada Cassie é questionada por um de seus assassinos se cria em Deus e seu SIM foi a última coisa que Cassie diria, a história foi musicada por uma das minhas bandas favoritas, Flyleaf:
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