"Quanto ao mais irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filipenses 4:8
É sempre engraçado e quase ridículo ver às vezes num programa de TV debates e mais debates sobre a influência ou não da música, literatura, videogames entre outras mídias sobre o psicológico de seus usuários ou, como eu prefiro chamar, consumidores. A coisa fica ainda mais ridícula quando um dos infelizes debatedores (ou o, em geral, apresentador intrometido) tem a pachorra de dizer que não dá pra saber se é o usuário que reproduz em algum grau o que absorve desses meios de mídia ou se essa mídia reflete de algum modo a realidade. Em outras palavras, isso equivale a dizer: "pessoas que partilham de tal opinião sobre a vida criam ou se sentem atraídas a consumir esse tipo de produto?" Numa clara tentativa de afirmar que só é influenciável quem tem pré-disposição para isso.
A pergunta certa deveria ser quem o fará? Nos importamos mair com questões problemáticas da vida quando as trazemos pra perto de nós.
Todo mundo muda e pode melhorar ou piorar moralmente no grau que lhe cabe (Mt 15:19).
Quer dizer que só por não ter obesos em minha família se eu me tornar terrivelmente sedentário e comer numa grande multinacional de fast food não tem chance de eu criar uma bela pochete de gordura ao redor da cintura? Ah! Faça-me o favor!
Assistir filmes violentos não vai te tornar num assassino psicopata, mas não quer dizer que não irá te tornar mais insensível ante as violências do dia-a-dia. Se os vídeo games já foram inclusive empregados na dessensibilização de soldados não se pode ser ignorante à ponto de crer que seja uma diversão neutra permitir que alguém passe seu tempo livre interpretando sempre num papel ativo um agressor num meio que exibe um grau de violência muito maior do que ela possivelmente verá em toda sua vida!
A perda moral vai se dar no nível que as circunstâncias e a consciência da pessoa lhe permitirem descer. Pessoas sensíveis a isso não perdem tempo vendo, lendo ou jogando esse tipo de coisas por que isso as perturba moral e emocionalmente, quando não os ultraja. Por outro lado, ninguém é tão ruim que não possa piorar nem tão bom que não possa melhorar.
Vale lembrar ainda que por conta do papel ativo exercido durante o jogo somado a um gráfico realista o choque da situação sobre a psique da pessoa se torna mais forte já que somos seres predominantemente visuais... Eu particularmente arriscaria o palpite de que a violência visual dessensibiliza e é mais perigosa que a sonora ou a escrita, já que esses dois últimos meios quando bem administrados servem como catarse.
Não somos moralmente nem intelectualmente iguais, muito menos igualmente influenciáveis, assim como não somos iguais em peso, altura, cor, resistência... A individualidade nunca foi tão reconhecida e desrespeitada ao mesmo tempo em toda a história.
Pare pra pensar um minuto no tipo de ideologia que nos é transmitida por exemplo, num jogo de video game (sim senhores, existe sempre uma ideologia por trás de cada coisa feita pelas pessoas, e isso inclui games). Abaixo, exemplos e sinopses de alguns jogos consagrados e alguns exemplos dos joguinhos que proliferam na internet. Tire suas próprias conclusões.
*Dad n me - Não se entende até que ponto é uma sátira ou uma apologia do bullying.
*Counter Strike - Guerra urbana onde você escolhe se vai ser um assassino da polícia ou um terrorista.
*GTA - Tão conhecido e declaradamente amoral que dispensa comentários.
*Carmagedom - Ganhar pontos quebrando leis de trânsito e atropelando pedestres indefesos definitivamente não é o que eu chamaria de um passatempo saudável.
*Mortal Kombat - Um dos jogos mais sanguinários e voyers do gênero "artes marciais".
*Super Mario - Tá, o Mario é só piada mesmo, mas não é meio lisérgico um cara que fica cada vez mais "alto" comendo cogumelos?
*Doom - O jogo se passa em um labirinto dentro do próprio inferno.
*Diablo - o.O'
*Super Mario - Tá, o Mario é só piada mesmo, mas não é meio lisérgico um cara que fica cada vez mais "alto" comendo cogumelos?
ResponderExcluireu sempre gostei de jogar mario...comer cogumelos(alucenógenos) é mó viageeeeem...UHSUAHSUA
No mais, nunca tive muita paciencia pra jogar Video Games, eu sempre perdia do meu irmão mesmo!
Gostei do texto, esses tipos de coisas na minha opinião só tem influencia em pessoas que são influenciaveis. Agora que deixam pessoas mais frias e insesiveis isso é fato!
Abs